Minhas donas, meus senhores, devo começar naturalmente expressando o meu agradecimento as agarimosas, as hospitaleiras mas desmesuradas palavras com que se tem posto um cortés pórtico á minha intervençom. Expresso também a minha felicitaçom mais entusiasta a esta Associaçom e aos vizinhos da Estrada por ter pensado em organizar algo que honre o labor dos devanceiros, aqueles escritores que com maior ou menor fortuna, mas sempre dum jeito distinguido, tenhem aportado as suas luzes ao progresso da nossa fala, ao benefício da nossa cultura. É mui provinciano, no pior sentido da palavra, ligar-se ficticiamente coas modas forasteiras. Onde quer que haja um sentido de dignidade verdadeiramente arraigado no coraçom, existe tamen o interesse de pór de relevo o trabalho, o labor, o património artístico e cultural dos lugares onde nascemos, dos lugares onde vivemos. Nom é próprio dos presentes dias, que se medem com parámetros universais, encerrar-se parroquialmente na clausura do nosso recanto. Mas o mundo, o universo, a realidade cultural cosmopolita, nom é outra cousa que um artifício sem sentido, sem sentimento e sem raigame, se nom se constitui coa soma das aportaçons que cada um fai ao labor geral, partindo nobremente, orgulhosamente, honradamente, decididamente, daquilo que lhe é próprio.
A nossa Terra nom conheceu endejamais umha distribuiçom demográfica que permitisse a existéncia propriamente de grandes cidades. As cidades galegas que hoje excedem os cem mil habitantes, som cidades que fórom apenas vilas ou aldeias em tempos relativamente recentes. Aquelas capitais do nosso país que desempenhárom um papel cultural, histórico, político, económico de releváncia durante a Idade Média, durante a Idade Moderna, e os alvores da Idade Contemporánea, eram cidades ou vilas pequenas. Nem Santiago de Compostela nem as cidades episcopais de Lugo, Ourense ou Tui, reuniam um número considerável de habitantes quando eram os centros, dispersos pero concatenados, da nossa vida colectiva. E qué diremos de cidades como Ferrol ou Vigo, que som de onte, que nasceron propriamente nos alvores do século passado, ou a fins do século dezaoito, quando começou a Revoluçom Industrial, ou a transformaçom da nossa economia produziu novas fontes de riqueza? Ferrol era umha vila de marinheiros que se agrupavam ao redor da parróquia do Socorro, até que nos tempos dos primeiros Borbóns, descoberta a importáncia estratégica da baía, se converteu num centro importante de construçom naval. E Vigo, até que do pequeno recinto amuralhado saiu o Arenal, a promoçon de activos industriais adicados á transformaçom dos elementos que o mar proporcionava, era também umha pequena vila.
Falo aos vizinhos da Estrada, que é um exemplo típico desta maneira de transformar-se o nosso pais, nos seus núcleos urbanos. A Estrada é umha vila de onte também, e apenas era umha aldeia a princípios do século dezanove. A sua privilegiada situaçom itinerária, e as transformaçons que trouxo cónsigo a renovaçom dos meios de transporte, determinou que num cruze de caminhos aparecesse umha agrupaçom que foi prosperando e hoje é o formoso centro comarcal em que eu tenho agora a honra de dirigir-me a vós. Nom por primeira vez. Eu tenho falado na Estrada várias vezes, algumhas mui recuadas no tempo, porque tenho já muitos anos, e antes da guerra visitei já a Estrada como orador, como conferenciante. Neste sentido celebro muitíssimo que exista entre vós umha entidade cultural que esteja disposta a estudar as cousas da comarca, porque como dixem no começo desta conferéncia, é realmente signo de aristocrácia espiritual, é realmente signo de bom senso, de bom gosto, começar polo estudo amoroso, carinhoso, das cousas próprias, pola catalogaçom do nosso património artístico e cultural, e neste sentido colaboro co maior entusiasmo, coa melhor boa fé, de coraçom, nesta evocaçom dos escritores estradenses que cultivárom a nossa fala, e que nados ou na propria vila, que hoje é capital de município, ou em qualquer das cinqüenta parróquias que este município, um dos mais extensos que Galiza compreende, aportárom algo importante ou nom importante, mas em todo o caso produto do patriotismo e da solidariedade, á literatura do País.
Mas, se cadra hai muitas pesoas que ignoram o volume desta aportaçom. Mas na nossa terra é característico do devir histórico-cultural que pequenos núcleos de povoaçom, pequenas vilas ou, ás vezes, comarcas inteiramente rurais, dem grandes escritores ás nossas letras: Rianjo, Celanova, Pontecesso, som vilas cujos nomes vam unidos indisoluvelmente aos de figuras importantíssimas das nossas letras. E este é o caso também da comarca estradense que aportou á nossa literatura umha contribuiçon ainda nom valorada no que realmente supom, de maneira inteiramente justa polos estudosos da nossa literatura. Se cadra, teriamos que remontar-nos á Idade Média para registar as primeiras aportaçons desta terra ás letras galegas. Por suposto, entom nom existia, com este nome ou com outro qualquer, apenas era umha aldeia, um lugar que ao nom contar coa rede viária com que hoje conta o município, com que hoje conta a província, com que hoje conta o País Galego, nom podia ter a civilizaçom económica e cultural que logo cobrou. Nem sequer aparece nos antigos anais históricos da nossa terra o nome da Estrada. Nom existia, por suposto, umha distribuiçon provincial da terra galega e umha série de coutos e jurisdiçons formavam um conglomerado administrativo que proporcionava, sobre a base de comunidades municipais de terras senhoriais ou abadengas, o substrato demográfico á vida do País.
Falava-se entom de Taveirós, da Terra de Taveirós. E esta Terra de Taveirós é o nome com que aparecem designados os possíveis primeiros escritores de ascendéncia directa ou indirectamente estradense, como diríamos hoje, que deixárom um calco da literatura do ocidente hispánico. «De Taveirós» é a denominaçom com que aparecem designados nos cancioneiros galego-portugueses da Idade Média vários trovadores, especialmente dous que eram irmaos: Pai Soares e Pero Velho: Pai Soares de Taveirós, Pero Velho de Taveirós.Som membros dumha família que no momento em que aparecem ante nós á luz da história está estabelecida na orela portuguesa do Minho, na zona de Riba do Minho, da zona da confluéncia do grande rio que separa ou une Galiza com Portugal actualmente, com outros rios, com outras correntes fluviais ou paralelas ao grande patriarca dos rios galegos. Ponte de Lima é o solar conhecido destes trovadores aos que hai que agregar vários outros cujos nomes tenhem conservado os nobiliários galego-portugueses e também as rúbricas dos cancioneiros: Rodrigo Eanes Redondo, Fernam Rodrigues Redondo, com Pai Soares e com Pero Velho de Taveirós som nomes de figuras que aportam o seu contributo ao desenvolvimento daquela primavera lírica que é a poesia galego-portuguesa da Idade Média. E aparecem todos estes nomes como membros dumha só família: a familia dos Velho, família da nobreza média estabelecida em Portugal, pero por suposto nas orelas do Limia, nas orelas do Minho, que som rios galego-portugueses. E Taveirós é um topónimo que como indica dona Carolina Michaelis de Vasconcellos, na sua ediçom do Cancioneiro de Ajuda, nom aparece que se saiba em nengum outro lugar da geografia do ocidente peninsular. Nom hai Taveirós mais que em Galiza e na província de Pontevedra, e na província de Ourense, hoje. Aparece, já mui perto de Portugal, em terras de Lobeira, umha Turns Tabeirolis, e temos o Taveirós que é ainda cabeça dumha parróquia no município da Estrada. Que esta famflia dos Velho a que pertencem estes trovadores tenha como solar num momento determinado da história território portugués, nom significa que nom poidamos considerá-los galegos. A sua ascendéncia era, seguramente, umha ascendéncia que hoje chamaríamos estradense, como nom procederam, é menos provavel, do menos conhecido lugar que levava ese nome de Taveirós, torre de Taveirós, Turris Tabeirolis, nas proximidades do actual Lobeira. E entom, essa distinçon entre Portugal e Galiza é umha distinçon puramente teórica. Os nobres galegos e os nobres portugueses, passavam o Minho como, segundo Castelao, passan o Minho as palavras e os paxaros, sem que significasse para eles umha fronteira, umha separaçom. De jeito que estes homes da família de Taveirós, ainda que já nados en territórios hoje, e tamen entóm, portugueses, estavam estreitamente relacionados com Galiza, tinham terras, tinham bens, tinham obrigas tanto a umha banda como a outra banda do Minho, e concretamente estes irmaos Taveirós, Pai Soares e Pero Velho, estavam vinculados á casa dum magnate tam caracterizadamente galego como o Conde de Trastámara. Em tempos de Afonso IX o Conde de Trastámara, Rodrigo Gómez, era o patrom das casas dos Velhos de Taveirós, e esses dous irmaos, numha cançom, nunha discussom poética que se conserva, falam precisamente dum incidente galante ocorrido num jardim da casa do Conde de Taveirós, neto por certo do Conde de Trastamara, neto por certo daquel Pedro Froilá que foi regente de Galiza em tempos de Gelmírez.
Possivelmente foi este Pai Soares de Taveirós, do que conservamos cantigas de amor e cantigas de amigo, a figura mais antiga da literatura relacionada com esta comarca. Mas como dixem, esta familia deu outros trovadores. Entre eles o próprio irmao de Pai Soares: Pero Velho, e também um poeta posterior que leva o nome de outro poeta contemporáneo: Fernam Velho, que naturalmente o precede com muitos séculos de adianto. A esta mesma família pertence Frei Gonçalo Velho, já em época posterior, que ha ser o descobridor das ilhas dos Açores. De maneira que é umha familia mui vinculada á vida do ocidente peninsular e mui ilustre polo que se refere á cultura literária.
Como nom desejo que nesta comemoraçom de escritores esteja ausente a voz deles mesmos, e todo se reduza a que escuitemos a voz dos que imos falar deles, quero agora, como umha pausa dentro da minha exposiçon, ler um texto deste Pai Soares que é possívelmente, umha das manifestaçons da literatura relacionada coa terra em que eu falo agora, terra a que vós estades adscritos, mais antigas que se conhecem; nom porque nela se fale, por suposto, desta terra; é umha cançom de amor de tipo provençal, das mais antigas dos cancioneiros galego-portugueses, seguramente de princípios do século XII e mostra umha grande perfeiçom que se revela no domínio da métrica e da paralelismo semántico, no paralelismo da significaçom que aqui se emprega. Imos logo lé-la, empregando a fonética actual do galego e nom a fonética antiga, embora o léxico esteja esmaltado com palavras que hoje som em parte arcaicas.
Como morreu quen nunca ben
ouve da ren que mais amou,
e quen viu quanto receou
d'ela, e foi morto por én:
Ay mia senhor, assi moir ’eu!
Como morreu quen foi amar
quen Ihe nunca quis ben fazer,
e de quen lhe fez Deus veer
de que foi morto con pesar:
Ay mia senhor, assi moir’eu!
Com ’ome que ensandeceu,
senhor, con gran pesar que viu,
e non foi ledo nen dormiu
depois, mia senhor, e morreu:
ay mia senhor, assi moir ’eu!
Nace pois a poesia galega do autor relacionada dalgum jeito com esta comarca armada como Minerva de todas armas, porque evidentemente este texto revela um domínio da forma que supom umha longa preparaçom. Este texto atribuível a um autor relacionado seguramente com este país é umha joia dos cancioneiros que me parece que deve figurar em toda antologia, ainda que seja umha antologia oral como esta, relativa á literatura estradense.
Temos depois, por suposto, umha etapa de longos séculos em que a literatura galega cala. A nossa língua deixa de ser umha língua utilizada para a manifestaçom artística, e a língua literária dos galegos entre os séculos XV e XIX é o castelhano. Chegamos a crer que a nossa língua serve para nos comunicar oralmente mas nom é umha língua a propósito para a escrita, e se escrevemos nela é por gala e bizarria, para contrastar precisamente um intento de utilizar como escrita a língua falada, que sempre será excepcional co uso habitual do castelhano como língua protocolária. Mas quando o rexurdimento das nossas letras, como consequéncia do desenvolvimento do Romantismo, que projectaba a sua atençom sobre o próprio de cada país, fai renascer, ainda que em circunstáncias precárias, o nosso idioma como idioma escrito, entom, como se indica no programa deste simpósio, hai umha importante contribuiçon ás letras galegas de escritores desta comarca. E nom é que entre os séculos XV e XIX faltem totalmente os textos galegos escritos, mas, como dixem só por excepçom se escreve em galego buscando a surpresa da utilizaçom dumha língua que normalmente nom se utiliza para estes fíns. Sem embargo, quando xurde o renascimento das letras galegas, ao redor dos anos meios do século pasado, como continuaçom dum interessante movimento erudito, de preocupaçom pola cultura galega, ainda que nom em geral de criaçom literária, representada polo Padre Feijoó, polo Padre Sarmiento especialmente, polo Padre Sobreira, por Cornide, quando xurde este renascimento romántico, romántico tardio, um renascimento tingido de realismo, hai umha figura da comarca que desempenha um papel fundamental, um papel chave nesse rexurdimento, nesse movimento de reivindicaçom e de restauraçom das letras galegas, que é Dom Marcial Valhadares. Marcial Valhadares, que no seu apelido regista já o deterioro da nossa cultura porque Valhadares nom é a forma auténtica, nom é a forma legitima do topónimo. Tem umha projecçom mui importante nos primeiros momentos do rexurdimento das nossas letras. No «Album de la Caridad», onde se recolhe por Dom Antonio de la Iglésia umha antologia de poetas da época, aparece já Dom Marcial Valhadares mais velho de idade que Rosalia. Aparece com poesias que algum dia se reunirám num volume porque se estám descobrindo constantemente novas peças de Dom Marcial, publicadas as vezes em revistas hoje pouco conhecidas. A doutora Aurora Marco, que está presente, especialista em trabalhos sobre a literatura desta família, dispom dum repertório importante que acrescenta diversas peças ás tradicionalmente conhecidas. E Dom Marcial Valhadares, figura de enorme simpatia, depois dumha breve etapa em que actua como funcionário administrativo, vai encerrar-se no seu paço de Vilancosta, e vai consagrar a sua vida de solteirom ao trabalho pola cultura galega, trabalho em solitário, trabalho isolado, porque lhe abonda co paraíso do vale em que se assenta Berres. Dom Marcial Valhadares vai ser um poeta merecedor de que se sublinhe o seu relevo com mais carinho e com mais justiça do que se tem feito até agora. E um poeta que, se nom existisse Rosalia, seria considerado um poeta mui notável, porque algumhas qualidades da sua poesia anunciam a Rosalia dos Cantares. Recordemos aquelas composiçoms de tipo costumista, por exemplo A castanheira em Santiago cheas de graça, em que a língua flui de maneira espontánea, coa riqueza léxica que caracteriza o seu autor, que o é também dum dicionário, primeiro dicionário importante da língua galega, e dumha gramática, publicada postumamente, pero que tem também o seu interesse, se bem naturalmente nom podemos pedir a aquele afeiçoado do século XIX que tenha da evoluçon das línguas e da selecçom do léxico os mesmos conceitos que os filólogos románicos de hoje. Mas Dom Marcial Valhadares ocupa um lugar histórico mui importante dentro da literatura galega porque foi o autor do primeiro romance, é dizer, da primeira novela longa, se queremos empregar a expressom castelhana, que se escreveu na nossa fala. Esta novela, este romance, Maxina ou a filla espúrea que, prescindindo do seu carácter mais ou menos folhetinesco, é umha novela de tipo romántico contemporáneo, é interessante por dous conceitos: em primeiro termo pola enorme riqueza de léxico que maneja Dom Marcial; em segundo termo porque é umha exaltaçom da comarca da Ulha, e está tam ligada a estas terras, nom estritamente ás terras da Estrada, ás terras de Berres, senom a todo o vale da Ulha, a todo o itinerário entre Vilancosta e Santiago, que é um produto entranhavelmente local, ao mesmo tempo que abriu umha nova rota no caminho das letras galegas porque é a primeira novela longa, o primeiro romance propriamente dito, empregando esta palavra no sentido em que se emprega o francés roman, o italiano romanzo, (somente o castelhano reserva o nome de novela para esta clase de narrativa), que se elabora dentro da nossa literatura, na que ocupa pois um posto fundacional. O carinho com que Dom Marcial Valhadares contemplava o seu pais revela-se, por exemplo, nas linhas que vou ler, segunda peça desta breve antologia, e que som introduçom a umha breve descriçom da romaria celebrada no Pico Sagro. Eu tenho ouvido a Otero Pedraio, na Estrada, ao melhor neste mesmo local, nom me lembro, dizer numha dessas construçoms audazes, típicas do nosso grande mestre, que o protagonista de Maxina nom era nenumha das personages masculinas ou femininas que por ela transcorrem, que era umha entidade como petrucial, geológica: o Pico Sagro. E umha fantasia, daquelas ás que nos tinha afeiçoado Dom Ramom, mas contém umha parte de verdade, efectivamente: desenvolvem-se acontecimentos fundamentais desta novela ao pé do Pico Sagro ou no cume do Pico Sagro. Vejamos como com grande carinho e com grande riqueza léxica, Dom Marcial nos introduze nesta paisagem, que podemos contemplar, que temos contemplado na nossa viagem de Santiago á Estrada, coa emoçom com que todo santiagués ou habitante de Santiago contempla o Pico Sagro ao sair para a Estrada, ou ao sair cara Ourense polo Castinheirinho, já que dentro da cidade é realmente difícil ver o Pico Sagro, apesar da sua altura.
"Corría o ano 1866. Era unha mañá de maio. Empezaba a esclarecer, e ladrando os cans nas eiras, daban a xente que pasaba polas congostras. Cantaban xa o millán-garrido, a bubela e o cuco nas carballeiras, o merlo e o reiseñor nos salgueirales, o paspallás entre os centeos, e os xilgaros e carriciños, os chincheiros e sirins desfacíanse nos eidos mirando cada un para o seu amor, que alí os oviños no níxaro empolaba, e adozando todos en concerto vario traballos preludio de matemidá. Era o día vintesete, día de romería no pico Sagro e, subindo a aquela altura de dous mil cento trinta e oito pés sobre o nivel do mar, altura onde segun lendas e tradicións do país habitaron antigos mouros e disque algun habita aínda; onde en novecentos catorce fundou o obispo Dom Sisnando mosteiro de bieitos; onde en mil oitocentos trinta e un o arzobispo compostelano Fr. Rafael Veles mandou poñer, e en primeiro de Novembro daquel ano púxose no curuto mesmo, unha gran cruz de pao para que os pasaxeiros a adorasen, feita astelas por un raio o sábado de Ramos de mil oitocentos trinta e seis; rubindo por aquel monte cuberto de carrouchiñas floridas, queiroas e recendentes tomelos, acudían de moitos lados, por diferentes carreiros, devotos que ían visitar o santo San Sebastián, algúns até con ofrendas, todos a rezarlle, ao oirlle misas na sua solitaria ermida, único que hoxe se ve ali, pousado coma unha pombiña branca ao pé da cresta. Era, en fin, o domingo derradeiro do mes dito, e Otilia con súa nai e Adria saía de Santiago a fin de tomar a costa pola fresca e oír a misa ofrecida".
Esta página, como outras páginas descritivas de análogo feitio, pom de manifesto a riqueza idiomática de Dom Marcial, junto co garimoso espírito de comunhom coa terra em que vivia, que fai ainda de Maxina, novela folhetinesca que responde a cánones já caducados, un texto ainda entranhavelmente agradável para todo leitor galego, e nom digamos para todo leitor das terras da Ulha.
Mas como som consciente de que o tempo que roi os mármores e morde os bronzes, me exige brevidade no desempenho da minha funçom de conferente, nom me detenho mais em falar de senhor de Vilancosta e fago umha simples referéncia aos irmaos deste petrúcio, especialmente a Avelina, que é também umha figura importante, ainda que modesta, dentro da poesia feminina galega. De todos os jeitos, nom quero despedir-me de Dom Marcial sem recordar curiosamente que algumhas passages da sua obra Maxina lembram passages de obras da literatura universal como Audia de Teréncio ou como a Marquesa de O, de Heinrich von Kleist. Hai também nesta novela umha mulher que tem um neno cujo pai ignora. No teatro de Santiago, durante umha festa de entroido, durante um baile de carnaval, a heroina de Dom Marcial, concebe um filho sem saber quem é o pai. Aparece aqui curiosamente a modema doutrina do hipnotismo, que facilitou esta concepçom, que por entom figuras importantes da ciéncia ou da charlatanaria francesa e também espanhola, estavam incorporando, como um dado mais á vida social e á vida cultural do pais. Hai outro prosista destas terras a quem queredes também honrar, neste simpósio, e do qual, como de Dom Marcial, se vos falará em detalhe em posteriores intervençoms, ao qual também compre que me refira, e que me refira com igual carinho, con igual simpatia que ao petrúcio do pago de Vilancosta. Este é um home nado num médio em parte o mesmo e em parte distinto, porque nom pertencia ás famílias senhoriais a que estaba vinculado o senhor de Vilancosta; ademais era um home que atingiu umha cultura que lhe permitiu converter-se no mais importante dos prosistas desta comarca e umha das fíguras que hai que reivindicar na história da narrativa galega. Refiro-me por suposto a Manuel Garcia Barros, que atingiu umha longa velhez e que durante a sua vida nom revelou toda a sua capacidade literária e artística, que estava reservado á posteridade conhecer. Dom Manuel Garcia Barros, que fixo popular o seu pseudónimo de Ken Keirades, passou durante a sua vida, mui trabalhada, que foi como tantos outros patriotas galegos objecto de perseguiçoms que quebrantárom a sua saúde física, mas que nom dobregarom a sua inteireza moral, Dom Manuel Garcia Barros passou durante a sua vida do ponto de vista literário por ser um escritor satírico ou festivo, um escritor de costumes, cheo de graça mas que se situava nun nível popular que limitava já voluntariamente a sua repercussom artística. Este home foi, como digo, especialmente conhecido no campo literário, polos seus relatos breves, polos seus contos, onde pinta o labrego nom ainda com aquela profundidade de lapis e de colorido que vai xurdir da paleta literária dum Castelao e que está já em certo modo anunciada por alguns contos de Labarta Posse. Garcia Barros mantem-se no tipo de relato costumista rural tipicamente decimonónico, mas já nestes contos ainda quando reproduze temas como o relativo a Roque Peneco, que foram tratados por Lamas Carvajal no seu Xan Bercellao, e que em realidade reproduzem um tema literário que se atopa nos contos de As mil e umha noites , e foi também objecto dum relato incluído em Los Cigarrales de Toledo de Tirso de Molina, «Los tres maridos burlados». Dom Manuel Garcia Barros nestes textos nom avança sobre a literatura de tipo decimonónico, representada na prosa narrativa por um Lamas Carvajal, principalmente, ou polos demais escritores da escola ourensana, como por exemplo um Heráclio Pérez Placer ou um Fernández Nóvoa. Houvera ficado como um escritor de linha decimonónica, interessante do ponto de vista de que nos proporciona um material folclórico e umha visom do mundo rural interessante e bem vivida, e nada mais, se no mesmo ano do seu falecimento, já mais que nonagenário, nom fora publicada por umha editorial galega umha obra singular, umha obra que merece ser reimpressa: As aventuras de Alberte Quiñoi, trabalho em que o velho prosista, o velho mestre de escola, o velho loitador agrário, o velho patriota das Irmandades da Fala empregou solitariamente, empregou isoladamente, empregou afervoadamente, o mais esquisito da sua capacidade de escritor, que se revelou esta vez mui superior a todo o que antes produzira. Por suposto, esta é umha obra escrita, segundo parece, nos anos quarenta, em meio da obscuridade em que vivia entom a literatura galega, publicada polo esforço editorial dos irmaos Alvarez Blázquez, um dos quais, o meu querido amigo Emílio pujo um fermosíssimo prólogo á ediçom, esta obra revela-nos um escritor sobre o cal hai que chamar a atençom reiteradamente, porque nom devemos crer de nengum jeito que um grande prosista galego é somente aquel que está á la page, que está perfeitamente ao tanto das modas de Paris, ou de Londres ou de Madrid, ou de Nova Iorque ou de Praga ou de Berlim, ou de Múnic. Pode ser um escritor galego um grande conhecedor da literatura universal, dos derradeiros berridos da moda literária, pero se é grande escritor, sera-o apesar do snobismo que supom tratar de imitar dentro da nossa literatura, as literaturas alheias. Ninguém mais oposto ca mim, que o modesto professor que vos fala, a que nos encerremos e que nos isolemos num recanto, como se nom fóssemos parte do mundo circundante, mas hai que comunicar-se cos demais, mantendo a nossa personalidade, nesse sentido este home, um simples, um humilde mestre, de mentalidade que parecia semelhante á dos labregos que o rodeavam, este home revelou nesta obra umha conceiçom do mundo, umha visom das cousas que constituem o seu entorno dumha sinceridade, dumha virilidade, dumha grandeza humilde, que fam que este livro nom poda ser lido sem emoçom por ninguém que sinta o que significou para nós todo esse desenvolvimento da vida económica e da vida literária do mundo rural durante o século dezanove. Um rapaz que vive a sua infáncia a meados do século passado, nos vai relatar ainda que através dumha terceira persoa, cenas da existéncia própria e da existéncia dos que o rodeam. As aventuras de Alberte Quiñoi, publicadas em 1972, quando já nom era deste mundo o seu autor, é um tesouro, é um repositório de formas de vida já caducadas pero que vivem de algum jeito em nós, porque nós somos os filhos ou os netos daqueles Albertes Quiñois que viviam na época em que os retratou com mao mestra na sua singeleza Dom Manuel Garcia Barros. Som estas de Alberte Quiñoi, ainda que relatadas em terceira persoa, como umhas memórias dum neno labrego, pero um neno labrego que ainda nom é o neno labrego que vamos conhecer mais adiante, que ainda nom se abriu a doutrinas sociais e políticas que podem supor umha aportaçom de pontos de vista nados em outras terras á soluçon dos problemas do nosso campo. E um neno que na adolescéncia, quando remata o texto, nos revela cómo se desenvolve espontaneamente. sem mais contactos nem influéncias que as do ambiente, umha vida que vai desenrolando passeninhamente e que espelha a vida da própria Galiza rural daquele tempo. Hai neste relato páginas extraordinariamente eficazes para pintar essa realidade galega, e, para rematar esta antologia, vou ler um anaco em que se nos conta a chegada a Compostela dum grupo de persoas que partindo de Pousada, partindo das terras de Berres, por primeira vez para os nenos que acompanham aos maiores, visitam a grande cidade do Apóstolo.
Sai da sua casa mui cedo, ainda antes da saída do sol, a pequena tropa. Passa o rio, que é umha corrente que desaparece, como importantíssima, e finalmente alviscam as torres de Compostela. «Pasarom a Ponte Pedriña. Lourenzo foilles amostrando as panaderías a onde ía o panadeiro da parroquia a buscar o pantrigo para vender nas festas e nas feiras, andando a pé coa cesta na cabeza as catro leguas que distaban. Viron mesóns a unha banda e outra, con argolas de ferro nas paredes e sentadoiros de pedra polos frentes. Xunto a unha casetiña de madeira estaban uns homes con chuzos de ferro nas mans, que cacheaban a xente denantes de deixala pasar. Seguiron. Rúas anchas, das que caían outras estreitas coma calexóns. Muita xente a camiñar en todas direccións. Casas ben feitas con balcóns de ferro, uns por riba dos outros, e xente neles mirando a rúa. Postes de ferro, coma tomeados, con faroles grandes na cima. Coches de dous e de catro cabalos, uns que pasaban, outros parados. Tendas de todo canto pode haber, con mostradores ateigados de cousas moi bonitas. Señores de bimba e de chistera paseando moi tesos, zarandeando o bastón. Señoritos moi paquetes, que miraban con certo aquel aos aldeáns. Señoritas de todas as feituras, unhas con pelo posto em estriga, outras de sombreiro con plumas e ramallos, coma os que viran nas mascaradas; algunhas de polisón e o rabo arrastro, coma a «Lola» que cantara o Lucas. Xentes da montaña, seguramente de alá de onde viñan os caseiros. E cregos, moitos cregos, unha cheísima de cregos».
Esta descoberta de Compostela por um rapazinho novo, que continua, e é mágoa, que nom podamos ler íntegra, a passage, é umha página das mais formosas dentro da nossa literatura descritiva desde os começos do renascimento até os nossos tempos. Compre-me rematar, e é mágoa também que nom poda falar doutras figuras literárias nadas nesta terra, ou com ela relacionadas, e que na vida fórom amigos meus, é o caso de Cabada Vázquez, ao que se lhe consagrará umha evocaçom e um recordo, e do qual conservo, ainda, adicada da sua mam, o livro Vagalumes: «A Carvalho Calero, alma acesa de loitador, o autor». Isto dizia aquele home que nom sei se hoje reconheceria em mim o loitador aceso dos tempos da nossa mocidade. Mas nom somente haveria que evocar aqueles escritores galegos nados na comarca da Estrada, senom outros muitos que se relacionárom com estas terras, ou por vir a matrimoniar á Estrada, ou á sua comarca, ou por desenvolver a sua vida como funcionários ou por outras razons familiares nestas terras. Teríamos muito que falar de Losada Dieguez, e o seu labor como agitador agrário na prensa da Estrada. Teríamos que falar de Bouza Brei, grande poeta e grande erudito que aqui exerceu a sua profissom de juiz; do próprio Castelao, tam entranhavelmente ligado a esta vila, e que nos persegue desde o fundo deste salom, e se queremos pensar em aqueles outros nados já fora do Concelho da Estrada pero nas proximidades do mesmo, como Alonso Rios ou Ramón Valenzuela, seria muito também o que eu poderia dicer-vos, porque todos estes, absolutamente todos, incluso Losada que era o que morreu mais pronto, fórom amigos meus. Precisamente um dos meus primeiros trabalhos como investigador da cultura galega, Como via Aristóteles o Padre Feijóo, escrito para um tomo de artigos do Seminário de Estudos Galegos, redactei-no por indicaçom, por invitaçom de Losada Dieguez; e de Bouza Brei, de Alonso Rios e de Valenzuela, o mais próximo em idade a mim, que foi o meu entranhável amigo e companheiro nos anos escolares em Santiago, poderia contar muitas cousas. Mas creo que devo rematar agradecendo umha vez mais á Sociedade que me invitou, e ao público que assistiu a esta conferéncia, a sua colaboraçom nesta empresa cultural que como professor que fum de literatura galega, sempre tem para mim um grande interesse. Graças pois a todos e que, como é de esperar, dado o pulo com que se manifesta hoje o interesse pola cultura estradense, e a cultura galega, e que como é de esperar, xurdan novos Pai Soares de Taveirós, novos Marcial Valhadares, novos Garcia Barros, e que tenhades na mente a arela de fazer justiza sobre todo a este último, do qual hai tempo que nom se editam as obras. Acaba de saír umha nova ediçon de Maxina, mas hai tempo que está esgotada a grande obra, o grande relato de Garcia Barros, As Aventuras de Alberte Quiñoi. Que boa empresa para a Sociedade Estradense, para o município, para a Sociedade Cultural, promover a publicaçom, a reimpressom dumha obra que garanto como humilde notário da literatura enquanto fum professor desta matéria.
* Redacción:
Esta conferencia foi impartida polo Profesor Don Ricardo Carvalho Calero, o 14 de setembro de 1987 na Asociación Cultural “A Estada”, no marco do I Simposio de Literatura Galega Estradense. Sendo un documento de grande valor cultural para A Estrada, Editámola respectando a vontade normativa do autor, falecido, agardando ser fiel transcrición das súas palabras. Esta conferencia foi publicada na Contrarretranca nº 14, Novembro 94.
A nossa Terra nom conheceu endejamais umha distribuiçom demográfica que permitisse a existéncia propriamente de grandes cidades. As cidades galegas que hoje excedem os cem mil habitantes, som cidades que fórom apenas vilas ou aldeias em tempos relativamente recentes. Aquelas capitais do nosso país que desempenhárom um papel cultural, histórico, político, económico de releváncia durante a Idade Média, durante a Idade Moderna, e os alvores da Idade Contemporánea, eram cidades ou vilas pequenas. Nem Santiago de Compostela nem as cidades episcopais de Lugo, Ourense ou Tui, reuniam um número considerável de habitantes quando eram os centros, dispersos pero concatenados, da nossa vida colectiva. E qué diremos de cidades como Ferrol ou Vigo, que som de onte, que nasceron propriamente nos alvores do século passado, ou a fins do século dezaoito, quando começou a Revoluçom Industrial, ou a transformaçom da nossa economia produziu novas fontes de riqueza? Ferrol era umha vila de marinheiros que se agrupavam ao redor da parróquia do Socorro, até que nos tempos dos primeiros Borbóns, descoberta a importáncia estratégica da baía, se converteu num centro importante de construçom naval. E Vigo, até que do pequeno recinto amuralhado saiu o Arenal, a promoçon de activos industriais adicados á transformaçom dos elementos que o mar proporcionava, era também umha pequena vila.
Falo aos vizinhos da Estrada, que é um exemplo típico desta maneira de transformar-se o nosso pais, nos seus núcleos urbanos. A Estrada é umha vila de onte também, e apenas era umha aldeia a princípios do século dezanove. A sua privilegiada situaçom itinerária, e as transformaçons que trouxo cónsigo a renovaçom dos meios de transporte, determinou que num cruze de caminhos aparecesse umha agrupaçom que foi prosperando e hoje é o formoso centro comarcal em que eu tenho agora a honra de dirigir-me a vós. Nom por primeira vez. Eu tenho falado na Estrada várias vezes, algumhas mui recuadas no tempo, porque tenho já muitos anos, e antes da guerra visitei já a Estrada como orador, como conferenciante. Neste sentido celebro muitíssimo que exista entre vós umha entidade cultural que esteja disposta a estudar as cousas da comarca, porque como dixem no começo desta conferéncia, é realmente signo de aristocrácia espiritual, é realmente signo de bom senso, de bom gosto, começar polo estudo amoroso, carinhoso, das cousas próprias, pola catalogaçom do nosso património artístico e cultural, e neste sentido colaboro co maior entusiasmo, coa melhor boa fé, de coraçom, nesta evocaçom dos escritores estradenses que cultivárom a nossa fala, e que nados ou na propria vila, que hoje é capital de município, ou em qualquer das cinqüenta parróquias que este município, um dos mais extensos que Galiza compreende, aportárom algo importante ou nom importante, mas em todo o caso produto do patriotismo e da solidariedade, á literatura do País.
Mas, se cadra hai muitas pesoas que ignoram o volume desta aportaçom. Mas na nossa terra é característico do devir histórico-cultural que pequenos núcleos de povoaçom, pequenas vilas ou, ás vezes, comarcas inteiramente rurais, dem grandes escritores ás nossas letras: Rianjo, Celanova, Pontecesso, som vilas cujos nomes vam unidos indisoluvelmente aos de figuras importantíssimas das nossas letras. E este é o caso também da comarca estradense que aportou á nossa literatura umha contribuiçon ainda nom valorada no que realmente supom, de maneira inteiramente justa polos estudosos da nossa literatura. Se cadra, teriamos que remontar-nos á Idade Média para registar as primeiras aportaçons desta terra ás letras galegas. Por suposto, entom nom existia, com este nome ou com outro qualquer, apenas era umha aldeia, um lugar que ao nom contar coa rede viária com que hoje conta o município, com que hoje conta a província, com que hoje conta o País Galego, nom podia ter a civilizaçom económica e cultural que logo cobrou. Nem sequer aparece nos antigos anais históricos da nossa terra o nome da Estrada. Nom existia, por suposto, umha distribuiçon provincial da terra galega e umha série de coutos e jurisdiçons formavam um conglomerado administrativo que proporcionava, sobre a base de comunidades municipais de terras senhoriais ou abadengas, o substrato demográfico á vida do País.
Falava-se entom de Taveirós, da Terra de Taveirós. E esta Terra de Taveirós é o nome com que aparecem designados os possíveis primeiros escritores de ascendéncia directa ou indirectamente estradense, como diríamos hoje, que deixárom um calco da literatura do ocidente hispánico. «De Taveirós» é a denominaçom com que aparecem designados nos cancioneiros galego-portugueses da Idade Média vários trovadores, especialmente dous que eram irmaos: Pai Soares e Pero Velho: Pai Soares de Taveirós, Pero Velho de Taveirós.Som membros dumha família que no momento em que aparecem ante nós á luz da história está estabelecida na orela portuguesa do Minho, na zona de Riba do Minho, da zona da confluéncia do grande rio que separa ou une Galiza com Portugal actualmente, com outros rios, com outras correntes fluviais ou paralelas ao grande patriarca dos rios galegos. Ponte de Lima é o solar conhecido destes trovadores aos que hai que agregar vários outros cujos nomes tenhem conservado os nobiliários galego-portugueses e também as rúbricas dos cancioneiros: Rodrigo Eanes Redondo, Fernam Rodrigues Redondo, com Pai Soares e com Pero Velho de Taveirós som nomes de figuras que aportam o seu contributo ao desenvolvimento daquela primavera lírica que é a poesia galego-portuguesa da Idade Média. E aparecem todos estes nomes como membros dumha só família: a familia dos Velho, família da nobreza média estabelecida em Portugal, pero por suposto nas orelas do Limia, nas orelas do Minho, que som rios galego-portugueses. E Taveirós é um topónimo que como indica dona Carolina Michaelis de Vasconcellos, na sua ediçom do Cancioneiro de Ajuda, nom aparece que se saiba em nengum outro lugar da geografia do ocidente peninsular. Nom hai Taveirós mais que em Galiza e na província de Pontevedra, e na província de Ourense, hoje. Aparece, já mui perto de Portugal, em terras de Lobeira, umha Turns Tabeirolis, e temos o Taveirós que é ainda cabeça dumha parróquia no município da Estrada. Que esta famflia dos Velho a que pertencem estes trovadores tenha como solar num momento determinado da história território portugués, nom significa que nom poidamos considerá-los galegos. A sua ascendéncia era, seguramente, umha ascendéncia que hoje chamaríamos estradense, como nom procederam, é menos provavel, do menos conhecido lugar que levava ese nome de Taveirós, torre de Taveirós, Turris Tabeirolis, nas proximidades do actual Lobeira. E entom, essa distinçon entre Portugal e Galiza é umha distinçon puramente teórica. Os nobres galegos e os nobres portugueses, passavam o Minho como, segundo Castelao, passan o Minho as palavras e os paxaros, sem que significasse para eles umha fronteira, umha separaçom. De jeito que estes homes da família de Taveirós, ainda que já nados en territórios hoje, e tamen entóm, portugueses, estavam estreitamente relacionados com Galiza, tinham terras, tinham bens, tinham obrigas tanto a umha banda como a outra banda do Minho, e concretamente estes irmaos Taveirós, Pai Soares e Pero Velho, estavam vinculados á casa dum magnate tam caracterizadamente galego como o Conde de Trastámara. Em tempos de Afonso IX o Conde de Trastámara, Rodrigo Gómez, era o patrom das casas dos Velhos de Taveirós, e esses dous irmaos, numha cançom, nunha discussom poética que se conserva, falam precisamente dum incidente galante ocorrido num jardim da casa do Conde de Taveirós, neto por certo do Conde de Trastamara, neto por certo daquel Pedro Froilá que foi regente de Galiza em tempos de Gelmírez.
Possivelmente foi este Pai Soares de Taveirós, do que conservamos cantigas de amor e cantigas de amigo, a figura mais antiga da literatura relacionada com esta comarca. Mas como dixem, esta familia deu outros trovadores. Entre eles o próprio irmao de Pai Soares: Pero Velho, e também um poeta posterior que leva o nome de outro poeta contemporáneo: Fernam Velho, que naturalmente o precede com muitos séculos de adianto. A esta mesma família pertence Frei Gonçalo Velho, já em época posterior, que ha ser o descobridor das ilhas dos Açores. De maneira que é umha familia mui vinculada á vida do ocidente peninsular e mui ilustre polo que se refere á cultura literária.
Como nom desejo que nesta comemoraçom de escritores esteja ausente a voz deles mesmos, e todo se reduza a que escuitemos a voz dos que imos falar deles, quero agora, como umha pausa dentro da minha exposiçon, ler um texto deste Pai Soares que é possívelmente, umha das manifestaçons da literatura relacionada coa terra em que eu falo agora, terra a que vós estades adscritos, mais antigas que se conhecem; nom porque nela se fale, por suposto, desta terra; é umha cançom de amor de tipo provençal, das mais antigas dos cancioneiros galego-portugueses, seguramente de princípios do século XII e mostra umha grande perfeiçom que se revela no domínio da métrica e da paralelismo semántico, no paralelismo da significaçom que aqui se emprega. Imos logo lé-la, empregando a fonética actual do galego e nom a fonética antiga, embora o léxico esteja esmaltado com palavras que hoje som em parte arcaicas.
Como morreu quen nunca ben
ouve da ren que mais amou,
e quen viu quanto receou
d'ela, e foi morto por én:
Ay mia senhor, assi moir ’eu!
Como morreu quen foi amar
quen Ihe nunca quis ben fazer,
e de quen lhe fez Deus veer
de que foi morto con pesar:
Ay mia senhor, assi moir’eu!
Com ’ome que ensandeceu,
senhor, con gran pesar que viu,
e non foi ledo nen dormiu
depois, mia senhor, e morreu:
ay mia senhor, assi moir ’eu!
Nace pois a poesia galega do autor relacionada dalgum jeito com esta comarca armada como Minerva de todas armas, porque evidentemente este texto revela um domínio da forma que supom umha longa preparaçom. Este texto atribuível a um autor relacionado seguramente com este país é umha joia dos cancioneiros que me parece que deve figurar em toda antologia, ainda que seja umha antologia oral como esta, relativa á literatura estradense.
Temos depois, por suposto, umha etapa de longos séculos em que a literatura galega cala. A nossa língua deixa de ser umha língua utilizada para a manifestaçom artística, e a língua literária dos galegos entre os séculos XV e XIX é o castelhano. Chegamos a crer que a nossa língua serve para nos comunicar oralmente mas nom é umha língua a propósito para a escrita, e se escrevemos nela é por gala e bizarria, para contrastar precisamente um intento de utilizar como escrita a língua falada, que sempre será excepcional co uso habitual do castelhano como língua protocolária. Mas quando o rexurdimento das nossas letras, como consequéncia do desenvolvimento do Romantismo, que projectaba a sua atençom sobre o próprio de cada país, fai renascer, ainda que em circunstáncias precárias, o nosso idioma como idioma escrito, entom, como se indica no programa deste simpósio, hai umha importante contribuiçon ás letras galegas de escritores desta comarca. E nom é que entre os séculos XV e XIX faltem totalmente os textos galegos escritos, mas, como dixem só por excepçom se escreve em galego buscando a surpresa da utilizaçom dumha língua que normalmente nom se utiliza para estes fíns. Sem embargo, quando xurde o renascimento das letras galegas, ao redor dos anos meios do século pasado, como continuaçom dum interessante movimento erudito, de preocupaçom pola cultura galega, ainda que nom em geral de criaçom literária, representada polo Padre Feijoó, polo Padre Sarmiento especialmente, polo Padre Sobreira, por Cornide, quando xurde este renascimento romántico, romántico tardio, um renascimento tingido de realismo, hai umha figura da comarca que desempenha um papel fundamental, um papel chave nesse rexurdimento, nesse movimento de reivindicaçom e de restauraçom das letras galegas, que é Dom Marcial Valhadares. Marcial Valhadares, que no seu apelido regista já o deterioro da nossa cultura porque Valhadares nom é a forma auténtica, nom é a forma legitima do topónimo. Tem umha projecçom mui importante nos primeiros momentos do rexurdimento das nossas letras. No «Album de la Caridad», onde se recolhe por Dom Antonio de la Iglésia umha antologia de poetas da época, aparece já Dom Marcial Valhadares mais velho de idade que Rosalia. Aparece com poesias que algum dia se reunirám num volume porque se estám descobrindo constantemente novas peças de Dom Marcial, publicadas as vezes em revistas hoje pouco conhecidas. A doutora Aurora Marco, que está presente, especialista em trabalhos sobre a literatura desta família, dispom dum repertório importante que acrescenta diversas peças ás tradicionalmente conhecidas. E Dom Marcial Valhadares, figura de enorme simpatia, depois dumha breve etapa em que actua como funcionário administrativo, vai encerrar-se no seu paço de Vilancosta, e vai consagrar a sua vida de solteirom ao trabalho pola cultura galega, trabalho em solitário, trabalho isolado, porque lhe abonda co paraíso do vale em que se assenta Berres. Dom Marcial Valhadares vai ser um poeta merecedor de que se sublinhe o seu relevo com mais carinho e com mais justiça do que se tem feito até agora. E um poeta que, se nom existisse Rosalia, seria considerado um poeta mui notável, porque algumhas qualidades da sua poesia anunciam a Rosalia dos Cantares. Recordemos aquelas composiçoms de tipo costumista, por exemplo A castanheira em Santiago cheas de graça, em que a língua flui de maneira espontánea, coa riqueza léxica que caracteriza o seu autor, que o é também dum dicionário, primeiro dicionário importante da língua galega, e dumha gramática, publicada postumamente, pero que tem também o seu interesse, se bem naturalmente nom podemos pedir a aquele afeiçoado do século XIX que tenha da evoluçon das línguas e da selecçom do léxico os mesmos conceitos que os filólogos románicos de hoje. Mas Dom Marcial Valhadares ocupa um lugar histórico mui importante dentro da literatura galega porque foi o autor do primeiro romance, é dizer, da primeira novela longa, se queremos empregar a expressom castelhana, que se escreveu na nossa fala. Esta novela, este romance, Maxina ou a filla espúrea que, prescindindo do seu carácter mais ou menos folhetinesco, é umha novela de tipo romántico contemporáneo, é interessante por dous conceitos: em primeiro termo pola enorme riqueza de léxico que maneja Dom Marcial; em segundo termo porque é umha exaltaçom da comarca da Ulha, e está tam ligada a estas terras, nom estritamente ás terras da Estrada, ás terras de Berres, senom a todo o vale da Ulha, a todo o itinerário entre Vilancosta e Santiago, que é um produto entranhavelmente local, ao mesmo tempo que abriu umha nova rota no caminho das letras galegas porque é a primeira novela longa, o primeiro romance propriamente dito, empregando esta palavra no sentido em que se emprega o francés roman, o italiano romanzo, (somente o castelhano reserva o nome de novela para esta clase de narrativa), que se elabora dentro da nossa literatura, na que ocupa pois um posto fundacional. O carinho com que Dom Marcial Valhadares contemplava o seu pais revela-se, por exemplo, nas linhas que vou ler, segunda peça desta breve antologia, e que som introduçom a umha breve descriçom da romaria celebrada no Pico Sagro. Eu tenho ouvido a Otero Pedraio, na Estrada, ao melhor neste mesmo local, nom me lembro, dizer numha dessas construçoms audazes, típicas do nosso grande mestre, que o protagonista de Maxina nom era nenumha das personages masculinas ou femininas que por ela transcorrem, que era umha entidade como petrucial, geológica: o Pico Sagro. E umha fantasia, daquelas ás que nos tinha afeiçoado Dom Ramom, mas contém umha parte de verdade, efectivamente: desenvolvem-se acontecimentos fundamentais desta novela ao pé do Pico Sagro ou no cume do Pico Sagro. Vejamos como com grande carinho e com grande riqueza léxica, Dom Marcial nos introduze nesta paisagem, que podemos contemplar, que temos contemplado na nossa viagem de Santiago á Estrada, coa emoçom com que todo santiagués ou habitante de Santiago contempla o Pico Sagro ao sair para a Estrada, ou ao sair cara Ourense polo Castinheirinho, já que dentro da cidade é realmente difícil ver o Pico Sagro, apesar da sua altura.
"Corría o ano 1866. Era unha mañá de maio. Empezaba a esclarecer, e ladrando os cans nas eiras, daban a xente que pasaba polas congostras. Cantaban xa o millán-garrido, a bubela e o cuco nas carballeiras, o merlo e o reiseñor nos salgueirales, o paspallás entre os centeos, e os xilgaros e carriciños, os chincheiros e sirins desfacíanse nos eidos mirando cada un para o seu amor, que alí os oviños no níxaro empolaba, e adozando todos en concerto vario traballos preludio de matemidá. Era o día vintesete, día de romería no pico Sagro e, subindo a aquela altura de dous mil cento trinta e oito pés sobre o nivel do mar, altura onde segun lendas e tradicións do país habitaron antigos mouros e disque algun habita aínda; onde en novecentos catorce fundou o obispo Dom Sisnando mosteiro de bieitos; onde en mil oitocentos trinta e un o arzobispo compostelano Fr. Rafael Veles mandou poñer, e en primeiro de Novembro daquel ano púxose no curuto mesmo, unha gran cruz de pao para que os pasaxeiros a adorasen, feita astelas por un raio o sábado de Ramos de mil oitocentos trinta e seis; rubindo por aquel monte cuberto de carrouchiñas floridas, queiroas e recendentes tomelos, acudían de moitos lados, por diferentes carreiros, devotos que ían visitar o santo San Sebastián, algúns até con ofrendas, todos a rezarlle, ao oirlle misas na sua solitaria ermida, único que hoxe se ve ali, pousado coma unha pombiña branca ao pé da cresta. Era, en fin, o domingo derradeiro do mes dito, e Otilia con súa nai e Adria saía de Santiago a fin de tomar a costa pola fresca e oír a misa ofrecida".
Esta página, como outras páginas descritivas de análogo feitio, pom de manifesto a riqueza idiomática de Dom Marcial, junto co garimoso espírito de comunhom coa terra em que vivia, que fai ainda de Maxina, novela folhetinesca que responde a cánones já caducados, un texto ainda entranhavelmente agradável para todo leitor galego, e nom digamos para todo leitor das terras da Ulha.
Mas como som consciente de que o tempo que roi os mármores e morde os bronzes, me exige brevidade no desempenho da minha funçom de conferente, nom me detenho mais em falar de senhor de Vilancosta e fago umha simples referéncia aos irmaos deste petrúcio, especialmente a Avelina, que é também umha figura importante, ainda que modesta, dentro da poesia feminina galega. De todos os jeitos, nom quero despedir-me de Dom Marcial sem recordar curiosamente que algumhas passages da sua obra Maxina lembram passages de obras da literatura universal como Audia de Teréncio ou como a Marquesa de O, de Heinrich von Kleist. Hai também nesta novela umha mulher que tem um neno cujo pai ignora. No teatro de Santiago, durante umha festa de entroido, durante um baile de carnaval, a heroina de Dom Marcial, concebe um filho sem saber quem é o pai. Aparece aqui curiosamente a modema doutrina do hipnotismo, que facilitou esta concepçom, que por entom figuras importantes da ciéncia ou da charlatanaria francesa e também espanhola, estavam incorporando, como um dado mais á vida social e á vida cultural do pais. Hai outro prosista destas terras a quem queredes também honrar, neste simpósio, e do qual, como de Dom Marcial, se vos falará em detalhe em posteriores intervençoms, ao qual também compre que me refira, e que me refira com igual carinho, con igual simpatia que ao petrúcio do pago de Vilancosta. Este é um home nado num médio em parte o mesmo e em parte distinto, porque nom pertencia ás famílias senhoriais a que estaba vinculado o senhor de Vilancosta; ademais era um home que atingiu umha cultura que lhe permitiu converter-se no mais importante dos prosistas desta comarca e umha das fíguras que hai que reivindicar na história da narrativa galega. Refiro-me por suposto a Manuel Garcia Barros, que atingiu umha longa velhez e que durante a sua vida nom revelou toda a sua capacidade literária e artística, que estava reservado á posteridade conhecer. Dom Manuel Garcia Barros, que fixo popular o seu pseudónimo de Ken Keirades, passou durante a sua vida, mui trabalhada, que foi como tantos outros patriotas galegos objecto de perseguiçoms que quebrantárom a sua saúde física, mas que nom dobregarom a sua inteireza moral, Dom Manuel Garcia Barros passou durante a sua vida do ponto de vista literário por ser um escritor satírico ou festivo, um escritor de costumes, cheo de graça mas que se situava nun nível popular que limitava já voluntariamente a sua repercussom artística. Este home foi, como digo, especialmente conhecido no campo literário, polos seus relatos breves, polos seus contos, onde pinta o labrego nom ainda com aquela profundidade de lapis e de colorido que vai xurdir da paleta literária dum Castelao e que está já em certo modo anunciada por alguns contos de Labarta Posse. Garcia Barros mantem-se no tipo de relato costumista rural tipicamente decimonónico, mas já nestes contos ainda quando reproduze temas como o relativo a Roque Peneco, que foram tratados por Lamas Carvajal no seu Xan Bercellao, e que em realidade reproduzem um tema literário que se atopa nos contos de As mil e umha noites , e foi também objecto dum relato incluído em Los Cigarrales de Toledo de Tirso de Molina, «Los tres maridos burlados». Dom Manuel Garcia Barros nestes textos nom avança sobre a literatura de tipo decimonónico, representada na prosa narrativa por um Lamas Carvajal, principalmente, ou polos demais escritores da escola ourensana, como por exemplo um Heráclio Pérez Placer ou um Fernández Nóvoa. Houvera ficado como um escritor de linha decimonónica, interessante do ponto de vista de que nos proporciona um material folclórico e umha visom do mundo rural interessante e bem vivida, e nada mais, se no mesmo ano do seu falecimento, já mais que nonagenário, nom fora publicada por umha editorial galega umha obra singular, umha obra que merece ser reimpressa: As aventuras de Alberte Quiñoi, trabalho em que o velho prosista, o velho mestre de escola, o velho loitador agrário, o velho patriota das Irmandades da Fala empregou solitariamente, empregou isoladamente, empregou afervoadamente, o mais esquisito da sua capacidade de escritor, que se revelou esta vez mui superior a todo o que antes produzira. Por suposto, esta é umha obra escrita, segundo parece, nos anos quarenta, em meio da obscuridade em que vivia entom a literatura galega, publicada polo esforço editorial dos irmaos Alvarez Blázquez, um dos quais, o meu querido amigo Emílio pujo um fermosíssimo prólogo á ediçom, esta obra revela-nos um escritor sobre o cal hai que chamar a atençom reiteradamente, porque nom devemos crer de nengum jeito que um grande prosista galego é somente aquel que está á la page, que está perfeitamente ao tanto das modas de Paris, ou de Londres ou de Madrid, ou de Nova Iorque ou de Praga ou de Berlim, ou de Múnic. Pode ser um escritor galego um grande conhecedor da literatura universal, dos derradeiros berridos da moda literária, pero se é grande escritor, sera-o apesar do snobismo que supom tratar de imitar dentro da nossa literatura, as literaturas alheias. Ninguém mais oposto ca mim, que o modesto professor que vos fala, a que nos encerremos e que nos isolemos num recanto, como se nom fóssemos parte do mundo circundante, mas hai que comunicar-se cos demais, mantendo a nossa personalidade, nesse sentido este home, um simples, um humilde mestre, de mentalidade que parecia semelhante á dos labregos que o rodeavam, este home revelou nesta obra umha conceiçom do mundo, umha visom das cousas que constituem o seu entorno dumha sinceridade, dumha virilidade, dumha grandeza humilde, que fam que este livro nom poda ser lido sem emoçom por ninguém que sinta o que significou para nós todo esse desenvolvimento da vida económica e da vida literária do mundo rural durante o século dezanove. Um rapaz que vive a sua infáncia a meados do século passado, nos vai relatar ainda que através dumha terceira persoa, cenas da existéncia própria e da existéncia dos que o rodeam. As aventuras de Alberte Quiñoi, publicadas em 1972, quando já nom era deste mundo o seu autor, é um tesouro, é um repositório de formas de vida já caducadas pero que vivem de algum jeito em nós, porque nós somos os filhos ou os netos daqueles Albertes Quiñois que viviam na época em que os retratou com mao mestra na sua singeleza Dom Manuel Garcia Barros. Som estas de Alberte Quiñoi, ainda que relatadas em terceira persoa, como umhas memórias dum neno labrego, pero um neno labrego que ainda nom é o neno labrego que vamos conhecer mais adiante, que ainda nom se abriu a doutrinas sociais e políticas que podem supor umha aportaçom de pontos de vista nados em outras terras á soluçon dos problemas do nosso campo. E um neno que na adolescéncia, quando remata o texto, nos revela cómo se desenvolve espontaneamente. sem mais contactos nem influéncias que as do ambiente, umha vida que vai desenrolando passeninhamente e que espelha a vida da própria Galiza rural daquele tempo. Hai neste relato páginas extraordinariamente eficazes para pintar essa realidade galega, e, para rematar esta antologia, vou ler um anaco em que se nos conta a chegada a Compostela dum grupo de persoas que partindo de Pousada, partindo das terras de Berres, por primeira vez para os nenos que acompanham aos maiores, visitam a grande cidade do Apóstolo.
Sai da sua casa mui cedo, ainda antes da saída do sol, a pequena tropa. Passa o rio, que é umha corrente que desaparece, como importantíssima, e finalmente alviscam as torres de Compostela. «Pasarom a Ponte Pedriña. Lourenzo foilles amostrando as panaderías a onde ía o panadeiro da parroquia a buscar o pantrigo para vender nas festas e nas feiras, andando a pé coa cesta na cabeza as catro leguas que distaban. Viron mesóns a unha banda e outra, con argolas de ferro nas paredes e sentadoiros de pedra polos frentes. Xunto a unha casetiña de madeira estaban uns homes con chuzos de ferro nas mans, que cacheaban a xente denantes de deixala pasar. Seguiron. Rúas anchas, das que caían outras estreitas coma calexóns. Muita xente a camiñar en todas direccións. Casas ben feitas con balcóns de ferro, uns por riba dos outros, e xente neles mirando a rúa. Postes de ferro, coma tomeados, con faroles grandes na cima. Coches de dous e de catro cabalos, uns que pasaban, outros parados. Tendas de todo canto pode haber, con mostradores ateigados de cousas moi bonitas. Señores de bimba e de chistera paseando moi tesos, zarandeando o bastón. Señoritos moi paquetes, que miraban con certo aquel aos aldeáns. Señoritas de todas as feituras, unhas con pelo posto em estriga, outras de sombreiro con plumas e ramallos, coma os que viran nas mascaradas; algunhas de polisón e o rabo arrastro, coma a «Lola» que cantara o Lucas. Xentes da montaña, seguramente de alá de onde viñan os caseiros. E cregos, moitos cregos, unha cheísima de cregos».
Esta descoberta de Compostela por um rapazinho novo, que continua, e é mágoa, que nom podamos ler íntegra, a passage, é umha página das mais formosas dentro da nossa literatura descritiva desde os começos do renascimento até os nossos tempos. Compre-me rematar, e é mágoa também que nom poda falar doutras figuras literárias nadas nesta terra, ou com ela relacionadas, e que na vida fórom amigos meus, é o caso de Cabada Vázquez, ao que se lhe consagrará umha evocaçom e um recordo, e do qual conservo, ainda, adicada da sua mam, o livro Vagalumes: «A Carvalho Calero, alma acesa de loitador, o autor». Isto dizia aquele home que nom sei se hoje reconheceria em mim o loitador aceso dos tempos da nossa mocidade. Mas nom somente haveria que evocar aqueles escritores galegos nados na comarca da Estrada, senom outros muitos que se relacionárom com estas terras, ou por vir a matrimoniar á Estrada, ou á sua comarca, ou por desenvolver a sua vida como funcionários ou por outras razons familiares nestas terras. Teríamos muito que falar de Losada Dieguez, e o seu labor como agitador agrário na prensa da Estrada. Teríamos que falar de Bouza Brei, grande poeta e grande erudito que aqui exerceu a sua profissom de juiz; do próprio Castelao, tam entranhavelmente ligado a esta vila, e que nos persegue desde o fundo deste salom, e se queremos pensar em aqueles outros nados já fora do Concelho da Estrada pero nas proximidades do mesmo, como Alonso Rios ou Ramón Valenzuela, seria muito também o que eu poderia dicer-vos, porque todos estes, absolutamente todos, incluso Losada que era o que morreu mais pronto, fórom amigos meus. Precisamente um dos meus primeiros trabalhos como investigador da cultura galega, Como via Aristóteles o Padre Feijóo, escrito para um tomo de artigos do Seminário de Estudos Galegos, redactei-no por indicaçom, por invitaçom de Losada Dieguez; e de Bouza Brei, de Alonso Rios e de Valenzuela, o mais próximo em idade a mim, que foi o meu entranhável amigo e companheiro nos anos escolares em Santiago, poderia contar muitas cousas. Mas creo que devo rematar agradecendo umha vez mais á Sociedade que me invitou, e ao público que assistiu a esta conferéncia, a sua colaboraçom nesta empresa cultural que como professor que fum de literatura galega, sempre tem para mim um grande interesse. Graças pois a todos e que, como é de esperar, dado o pulo com que se manifesta hoje o interesse pola cultura estradense, e a cultura galega, e que como é de esperar, xurdan novos Pai Soares de Taveirós, novos Marcial Valhadares, novos Garcia Barros, e que tenhades na mente a arela de fazer justiza sobre todo a este último, do qual hai tempo que nom se editam as obras. Acaba de saír umha nova ediçon de Maxina, mas hai tempo que está esgotada a grande obra, o grande relato de Garcia Barros, As Aventuras de Alberte Quiñoi. Que boa empresa para a Sociedade Estradense, para o município, para a Sociedade Cultural, promover a publicaçom, a reimpressom dumha obra que garanto como humilde notário da literatura enquanto fum professor desta matéria.
* Redacción:
Esta conferencia foi impartida polo Profesor Don Ricardo Carvalho Calero, o 14 de setembro de 1987 na Asociación Cultural “A Estada”, no marco do I Simposio de Literatura Galega Estradense. Sendo un documento de grande valor cultural para A Estrada, Editámola respectando a vontade normativa do autor, falecido, agardando ser fiel transcrición das súas palabras. Esta conferencia foi publicada na Contrarretranca nº 14, Novembro 94.
Dicionario de Escritores de Tabeirós-Terra de Montes
Carlos Loureiro
- ALONSO BERNARDEZ, Xosé Gumersindo
Comezará a súa andaina profesional en “Cáritas A Estrada” a través dos seus diferentes programas socioeducativos e iniciativas de promoción do colectivo infantil e xuvenil. No ano 2001 comezou os estudos de Doutoramento pola Universidade compostelá no Departamento de Teoría e Historia da Educación. No ano 2003 realiza o Máster en Desenvolvemento Local e Comarcal pola Universidade de Santiago de Compostela. Nos últimos anos coordina o Programa de Dinamización Rural de Cáritas Diocesana de Santiago de Compostela, cunha especial dedicación á comarca de Tabeirós-Terra de Montes. Ten impartido Seminarios, Conferencias e Grupos de Formación en relación a temáticas varias, sempre en clave pedagóxico-social, de animación socio- cultural, desenvolvemento e educación comunitaria, ou educación familiar, entre as máis significativas.
A nivel individual ten publicadas dúas obras, que son froito da súa dedicación profesional. Así temos: EDUCACIÓN AMBIENTAL COMUNITARIA. ANÁLISE DUNHA EXPERIENCIA EN CURSO (Danú S.L.-Cáritas Diocesana de Santiago de Compostela, 2000) e EDUCACIÓN COMUNITARIA E ANIMACIÓN RURAL (Danú S.L.-Cáritas Diocesana de Santiago de Compostela, 2001). Asimesmo é autor de diferentes artigos, sobre todo no xornal “El Faro de Vigo”, sempre tendo como referente o aspecto pedagóxico e social.
- ARCA CALDAS, Olimpio
Desempeñou con cargo provisional as escolas de Graduado da Estrada (1961), da unitaria de nenos de Matalobos (1962). Ao mesmo tempo imparte clases particulares na Academia San Pelayo da Estrada.
Por concurso de traslados foi destinado á escola de nenos de Torea (Muros) no 1963 e un ano despois exercerá na escola de Pexegueiro (Tui).
No curso 67-68 diplómase en Ciencis para impartir 7° e 8° cursos da segunda etapa da EXB, ao mesmo tempo que realiza un curso de asistencia siquiátrica a nenos subnormais. No curso 68-69 obtén destino para a escola de nenos de Couso (A Estrada), na que conseguiu implantar a escola mixta nenos-nenas. Nesta escola comezou a escribir obras de teatro para a súa representación polos propios alumnos.
No ano 1970, ao se establecer o ensino obrigatorio ata os 14 anos, creouse a Agrupación Escolar de Couso, onde foi o promotor da construción dunha aula para estes alumnos da segunda etapa. No ano 1978 inaugurouse o C.P. Villar Paramá, en San Xurxo de Vea, a onde pasarán os alumnos da Agrupación Escolar de Couso. Por concurso de traslados, no curso 81 -82, ocupará praza de mestre no C.P. de Figueroa (A Estrada), no que exercerá varios cursos como director ata a súa xubilación no ano 1993.
Ao longo da súa vida dentro do exercicio da docencia recibiu numerosos premios e distincións. Así no ano 1970 gañou o premio “Mantenga limpia España”, auspiciado por Información y Turismo; no ano 1971 acadou o certame do “Día del Maestro”, convocado pola Deputación Provincial de Pontevedra; nos anos 71, 74 e 76 o de “Embellecimiento de pueblos”, convocado asimesmo pola Deputación Provincial de Pontevedra; nos anos 73, 74 e 76 os premios de teatro escolar convocados pola Delegación de Xuventude; nos anos 74, 75, 77, 80 e 92 gañou o “Trabajos etnográficos con alumnos”, do Museo de Pontevedra. Acadou o primeiro premio Xunta de Galicia no ano 1984 con “Castros da Estrada”; foi o “Mestre Representativo de Pontevedra” por Familia e Gabinete Anaya no ano 1975; recibiu a Cruz de Alfonso X El Sabio no ano 1977; acadou o primeiro premio Comunidade Autónoma de Galicia en Educación y Ciencia “Naturaleza y Escuela” no ano 1991; foi primeiro premio RTVG “Boa Saúde” no 1991 para pasar a acadar a designación de “Mestre exemplar” polo Museo de Pontevedra no ano 1993.
Son moitos os ensaios saídos da súa pluma no tocante aos máis variados temas. Así publicou MESTRES ESTRADENSES QUE FIXERON ESCOLA (Exmo. Concello da Estrada, 1993) e a continuación O CARRO DO PAÍS (Museo do Pobo Estradense, 1994). No ano seguinte publicou MEMORIA HISTÓRICA DO RECREO CULTURAL (Recreo Cultural, 1995) e O ENTROIDO NO ULLA (Exma. Deputación Provincial de Pontevedra, 1995). Continúa con WALDO ÁLVAREZ INSUA: Estradense, emigrante, escritor (Asoc. Fillos e Amigos da Estrada, 1997). No ano seguinte edítanse EMIGRANTES SOBRANCEIROS (Caixa de Pontevedra, 1998), CANTEIROS DE CUNTIS (Caixavigo-Exmo. Concello de Cuntis, 1998) e XENTE NA MEMORIA: Manuel Bergueiro López (Museo do Pobo Estradense, 1998). Anos máis tarde publicará CERTAME ESCOLAR DOS PEREIRIÑOS (Colectivo Pereiriños, 2000) e UNHA VOZ... MARY ISAURA (Asoc. Fillos e Amigos da Estrada, 2001). Finalmente publicou BERNARDO RODRÍGUEZ RIBEIRA. EMIGRANTE SOBRANCEIRO (Fundación Cultural da Estrada, 2002) e CUNTIS NO RECORDO (Do autor, 2003).
Pero durante os seus anos de docencia o teatro ocupou un espazo primordial e anos máis tarde moitas destas obras pasarán dos escenarios aos libros. Así temos: CONVERSAS COA NOBRE DAMA (Exmo. Concello de Cuntis, 1999), PELEXA NO SOUTO (Ed. Fervenza, 2001), OS REIS DO PANCHIÑO (Ed. Fervenza, 2002), O ENFERMO 4M (Ed. Fervenza, 2003), SOPRAR A TEMPO (Ed. Fervenza, 2004) e MÁGOAS DE CAMPESIÑOS E SEÑORITOS (Ed. Fervenza, 2004). Ao carón desta devoción polo traballo cos máis xoves, tamén se vai mergullar na literatura infantil-xuvenil publicando PEDRIÑO (Asoc. Val Miñor, 1992) coa que acadara o 3° Premio de “Contos para nenos” e O TREN (Ed. Fervenza, 2003).
Asimesmo moitos artigos e traballos seus figuran en obras colectivas; así temos “Os hórrreos no Val de Vea” na obra ICONGRESO EUROPEO DO HÓRREO (Edit. Compostela, 1990). Tamén colaborou na obra conxunta de homenaxe ao insigne estradense Manuel Reimóndez Portela MANUEL REIMÓNDEZ PORTELA, NA LEMBRANZA (Ed. do Castro, 1996) co traballo “Apuntes a unha biografia de M. Reimóndez Portela”. Ademais colaborou con diferentes traballos en todas as edicións anuais de A ESTRADA. MISCELÁNEA HISTÓRICA E CULTURAL (Museo do Pobo Estradense).
- BALIÑAS FERNANDEZ, Carlos Amable
No 1959 gañou por oposición a Cátedra de Filosofía de Instituto, elixindo a do Instituto Padre Isla de León. No 1960 concédenlle unha bolsa de estudos no estranxeiro, da Fundación March, o que lle permitirá voltar a Múnich. No 1962 voltou a Galiza como Catedrático do Instituto Santa Irene de Vigo e presentou a súa tese de doutoramento en Madrid, co título de “El acontecer histórico”. No ano 1964 trasladouse ao Instituto Arzobispo Xelmírez de Santiago de Compostela e entrou como encargado de clases na Facultade de Filosofía e Letras da Universidade compostelá, de onde pasará, por oposición, a Profesor Adxunto. No 1967 acadou a oposición de cátedras de Universidade. Exerceu durante un curso na Universidade Central de Barcelona, trasladándose no 1968 á Universidade Complutense de Madrid. No 1970 foi nomeado Catedrático da Universidade de Santiago de Compostela. No 1974 converteuse en Vicedecano da Facultade de Filosofía e
Letras e promoveu a creación da Facultade de Filosofía e Ciencias da Educación, da que será Decano durante seis anos. Nas primeiras eleccións xerais (1977) os partidos de esquerda designárono para formar parte, pola provincia da Coruña, das chamadas “Candidaturas Democráticas ao Senado”. É membro de varias fundacións culturais galegas, ademais leva pronunciado conferencias nas máis variadas universidades europeas e dirixiu numerosas Teses de Doutoramento.
Entre as súas condecoracións cómpre salientar a “Medalla Castelao” (2001), medalla da “Asociación Fillos e Amigos da Estrada” e a “Medalla de Ouro de Terra de Montes”.
Na actualidade é “Profesor Emérito” da Universidade de Santiago de Compostela.
En galego publicou os seguintes libros: PENSAMENTO GALEGO I (Sept., 1977), ROSALÍA DE CASTRO ENTRE A POESÍA E A POLÍTICA (Patronato Rosalía de Castro, 1987), DESCUBRINDO A OTERO PEDRAYO (Edit. Coordenadas, 1991) e GALICIA DE PAPEL (Edit. Coordenadas, 1991).
Como colaboracións súas en libros colectivos temos que subliñar as seguintes: “Cousas da vida, cousas da sociedade” na obra HOMENAXE A CASTELAO (Universidade de Santiago de Compostela, 1976); “Eso da risa, a broma e máis o humor” na obra PRIMEIRO SEMINARIO GALEGO DO HUMOR (Ed. do Castro, 1984); “A recepción pupular de Rosalía” nas actas do Congreso Internacional de Estudios sobre ROSALÍA E O SEU TEMPO (Universidade de Santiago de Compostela, 1986); “O recanto da fllosofía” na obra RAMÓN PIÑEIRO Y SU CIRCUNSTANCIA (Grujalma, 1993); “Onde o mundo se chama camiño” inserido na obra homenaxe ao estradense Manuel Reimóndez titulada MANUEL REIMÓNDEZ PORTELA, NA LEMBRANZA (Ed. de Castro, 1996); “Vixencia estética e simbólica da paisaxe” no volume XORNADAS SOBRE OTERO PEDRAYO (Xunta de Galicia, 2001) e “De amicitia lectio brevis” na obra MEDICINA E HUMANISMO. HOMENAXE A DOMINGO GARCÍA SABELL (Edit. Galaxia, 2003). Tamén é autor de edicións críticas, así realizou a introdución, selección de textos e notas a RAMÓN OTERO PEDRAYO: OBRAS SELECTASI, Artículos (Edit. Galaxia, 1973) e asimesmo da RAMÓN OTERO PEDRAYO: OBRAS SELECTAS II. Ensayos (Edit. Galaxia, 1983). Tamén é autor dos “prólogos” ás obras DEBATES IDEOLÓXICOS NA COMPOSTELA DO XIX (Ed. do Castro, 1985) de Purificación Mayobre e de O LABERINTO DE MINOS. FRANCISCO SÁNCHEZ, O ESCÉPTICO (Ed. do Castro 1991).
Ademais son numerosos os seus artigos nas máis importantes revistas culturais galegas, como “Grial”, “Cuadernos de Estudios Gallegos”, “Dorna”, “Raigame”... e en diferentes xornais, coma “La Noche”, “La Voz de Galicia”, “El Correo Gallego”, “Diario de Galicia”...
- BARCIA CABALLERO, Juan
No 1894 foi nomeado Catedrático de Anatomía da Universidade de Granada, que permutou no 1897 pola do mesmo nome na Universidade compostelá.
No 1885 foi nomeado cirurxián do Hospital de San Roque, no que máis tarde foi o seu Director. A súa actividade académica e profesional foi moi intensa. As súas raíces na Estrada, que xa lle viñan de fins do século XVII, da “Casa de los Barcia”, situada en Piñeiro, na Parroquia de San Miguel de Cora(A Estrada) e na que intuímos que o xove Juan pasou varias estadías, especialmente na súa xuventude, a pesar de sabermos pouco desta etapa da súa vida, que el mesmo ocultou abondo. Pero estas estadías deixaron unha fonda pegada nel, especialmente na súa obra literaria. Finou en Santiago no ano 1926.
Como literato tocou case todos os xéneros, empregando o galego e o castelán. A súa obra poética RIMAS (A Coruña, 1891) xa nos amosa as súas principais tendencias futuras nun “galego fino”, como o definiu Ricardo Carvalho Calero. O poema máis coñecido desta obra é “O arco da vella”, que xa fora premiado nun certame de Vigo do ano 1881. Outros poemas deste libro son: “A serán”, “¡Miña terra!"... Contén ademais poemas devotos, satíricos e líricos, estes últimos moi influídos por Rosalía de Castro. No ano 1986 publicouse unha obra conxunta de tres “Juan Barcia” so o título de SALTERIO (Graf. Saler, 1986), onde aparecen os poemas de tres membros da Familia Barcia: Juan Barcia Caballero, o seu fillo Juan Barcia Eleicegui e Juan José Barcia Goyanes. Nesta obra aparecerán recompilados os seus poemas (os de RIMAS) e algún máis, onde temos que salientar o extensísimo poema titulado “A Virxed'Aránzazu” en honra á Virxe que dá titularidade á Capela do Val do Vea.
- BARREIRO BARREIRO, Xosé Luís
Ten participado, organizado e colaborado en numerosos Congresos, Simposios, Semanas de Filosofía e tamén ten dirixido, e está a dirixir, diversas Memorias de Licenciatura e Teses de Doutoramento. É Presidente da área de Pensamento Filosófico do Seminario de Estudos Galegos, director de varias coleccións editoriais, membro do Consello de Redacción e do Comité Científico de revistas, membro de diversas Sociedades de Filosofía...
É digno de ter en conta o seu labor como coordinador dos máis variados libros colectivos onde asimesmo colaborou. Así temos que salientar a súa coordinación da obra O PENSAMENTO GALEGO NA HISTORIA. APROXIMACIÓN CRÍTICA (1990), onde colaborou cos traballos “Indalecio Armesto, hegeliano e romántico” e “A Amor Ruibal, un metafísico anovador”; tamén da obra SONOS E SOÑOS DA RAZÓN (Universidade de Santiago de Compostela, 1997), onde colaborou con “Arríscate a pensar: modelos de ilustración”; ademais de DLUSTRACIÓN E MODERNIDADE. OS AVATARES DA RAZÓN (Universidade de Santiago de Compostela, 2001), con “A palabra e o silencio. De ilustrados e fideístas”.
Por outra banda foi coordinador de moitas outras obras, entre as que cómpre subliñar EUROPA: MITO E RAZÓN (Universidade de Santiago de Compostela, 2000). Outras publicacións reseñábeis son: PENSAR EN GALICIA. IDENTIDADE NA DHERENCIA (Ed. do Castro, 2001) e MARIÍN SARMIENIO NAILUSTRACIÓN (Ed. Bahía, 2002).
Tamén son numerosos os seus artigos en revistas (“Agalia”, “ReflexiónsFilosóficas”, “Coloquio-Letras”, “Raigame”, “Diacrítica”...) así como ponencias nos máis variados congresos (“Congreso Intemacional sobre M. Sarmiento e o seu tempo”, “Congreso Intemacional Mulleres e Institución Universitaria en Occidente”, “Simposio luso-galaico de Filosofía”...).
- BARREIRO RIVAS, Xosé Luís
En galego publicou dúas obras a título individual: CIENCIA POLÍTICA E ÉTICA DO PODER (Ir Indo,1991) e A TERRA QUERE POBO (Edit. Galaxia, 2004), coa que acadou o “Premio Ramón Piñeiro de Ensaio” no ano 2003. Tamén temos que salientar a obra CONVERSAS (Vigo, 1983) en conxunto con Xosé Manuel Rivas Troitiño. Pero onde si o seu labor é inxente é en obras de colaboración e en artigos de revistas e xornais. No apartado das colaboracións temos que subliñar as seguintes: “O papel de Ferrol na vertebración de Galicia” en FERROL: UN PROXECTO DE FUTURO (Vía Láctea, 1991); “Ramón Piñeiro dende o escano de enfronte” en HOMENAXE A RAMÓN PIÑEIRO (Fund. Caixa Galicia, 1991); “O concepto de galeguizaeión no pensamento de Ramón Piñeiro” en RAMON PIÑEIRO Y SU CIRCUNSTANCIA (Grugalma, 1993); “O galego nos medios de comunicación. A experiencia da radio privada” en XORNADAS DE FORMACIÓN EN LINGUA GALEGA PARA OS EQUIPOS DE NORMALIZACIÓN LINGÜÍSTICA DOS CENTROS EDUCATIVOS (Dirección Xeral de Política Lingüística, 1994); “Tradición e cambio en Galicia” en GRANDES TRANSFORMACIÓNS NA HISTORIA CONTEMPORÁNEA DE GALICIA (Exma. Deputación de Ourense, 1998); “Epflogo que ía para prólogo” en DO TERROR DE ISAAC Ó ABBÁ DE XESÚS (Edit. Sept,1999); “A Galicia do 2020” en GALICIA 2020 (Ir Indo, 2000); “Cidadanía; corresponsabilidade e educación” en A CONSTRUCCION EDUCATIVA DA CIDADE. UNHA PERSPECTIVA TRANSVERSAL (Litonor, 2001); “Cultura política e globalización: a construcción e defensa da identidade na Galicia do 2000” en AULA CASTELAO DE FILOSOFÍA (2001) (Ed. Xerais de Galicia, 2001); “A extraña presencia dun tempo esquecido” en VIRXILIO BLANCO: ANÁLISE DA SÚA VIDA E OBRA ARTÍSTICA. PEDAGOXÍA DA EMIGRACIÓN (Gráficas Salnés, 2003); “Viaxe cara ningures: unha visión politolóxica do caso Prestige” en PRESTIGE: A CATÁSTROFE QUE DESPERTOU GALICIA? (Candeia Editora, 2003); “Vigo: un centro urbano para a Galicia global” en VIGO. ECONOMÍA E SOCIEDADE (Ed. Xerais de Galieia, 2003) e “Se cadra non foi verdade. O Prestige como problema político” en ¿QUE FOI DO PRESTIGE? (Sotelo Blanco, 2003). Dentro das súas obras de colaboración temos que salientar a de A AUTONOMÍ A DE GALICIA (Xunta de Galicia, 1986) e GALICIA, UNHA DÉCADA DECISIVA (Foro de Iniciativas, 2001), coa súa colaboración “Os galegos do século XXI. Reflexión sobre a globalización e novos valores”. Tamén son moi de termos en conta os seus artigos nas máis variadas revistas, especialmente “Encrucillada”, “Grial”, “Tempos Novos”, “Cotaredo”...
- BERGUEIRO LÓPEZ, Manuel
No ano 1925 aproba as oposicións ao corpo de Mestres Nacionais, e cada vez colaborará en máis xornais coma “Compostelano”, “El país gallego”, “Faro de Vigo”, “Vida gallega”, “Vida escolar”... e vai desenvolver o seu traballo docente á parroquia de Castelo (Taboada-Lugo). No ano 1928 foi premiado pola Deputación de Lugo pola organización da “Festa escolar da árbore”.
No ano 1932, nun novo concurso de traslados, irá impartir clase ás escolas de Siero (Mieres). En Asturias tamén serán cotiáns as súas colaboracións en diferentes xornais. No ano 1939 pasará a desempeñar a docencia ao distrito de “El Fontán” (Oviedo).
No ano 1958 será nomeado “Académico Correspondente” da Real Academia Galega. No 1966 será nomeado Director do Grupo Escolar “El Fontán”. No ano 1970 recibirá o premio ao mellor traballo en col de Marcial Valladares, convocado pola Universidade de Santiago de Compostela.
Finou en Oviedo no ano 1985.
Cómpre salientar o seu inxente traballo de colaboracións en diferentes xornais e revistas tanto galegos coma asturianos e asimesmo pola súa colaboración no número extraordinario de NÓS, por encargo da Real Academia Galega, no ano 1969.
Polo que respecta ás súas obras, temos que ter en conta a súa novela A PECADENTA SILENZOSA (Edit. Lar, 1927) e a súa comedia teatral OLLO COS ESTUDANTES (Impr. Lib. Y Enc. do Seminario Central de Santiago, 1930/ Edicións Fervenza, 2003).
- BLANCO VALDÉS, Juan Luís
É Patrono do “Museo do Pobo Estradense Manuel Reimóndez Portela”.
A súa primeira obra publicada está enmarcada dentro do ensaio; así temos, LÉXICO EDITORIAL CASTELÁN- GALEGO (Universidade de Santiago de Compostela, 1993), HIPERTENSIÓN CÍVICA. Aproximación á vida e á obra de Roberto Blanco Torres (Ed. do Castro, 1998), ROBERTO BLANCO TORRES (Xunta de Galicia, 1999) e ROBERTO BLANCO TORRES (1891-1936): Unha fotobiografía (Ed. Xerais de Galicia, 1999), para a continuación publicar dúas obras líricas: OS SIGNOS, AS MUDANZAS (Deput. Provincial de Pontevedra, 2001) e RUÍNAS (Follas Novas,
2003).
Tamén son moi a ter en conta os seus artigos e colaboracións, moi especialmente aqueles que teñen como tema central ao seu tío, Roberto Blanco Torres, publicados nas máis variadas revistas culturais, como: “Verba”, “Boletín Galego de Literatura”, “Revista Galega do Ensino”, “Grial”, “A Estrada. Miscelánea histórica e cultural”, “Tabeirós Terra”...
Tamén foi o autor do “Limiar” á obra de Olimpio Arca, UNHA VOZ, MARYISAURA (Asoc. Fillos e Amigos da Estrada, 2001).
- BOUZAS MILLÁN, Xosé Lois
É autor da extensa unidade “A popularización da novela curta: as coleccións Céltiga e Lar” inserida na HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (AS-PG- A Nosa Terra, 1996). Foi o encargado da edición da obra FOLLAS NOVAS de Rosalía de Castro na HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (AS-PG-A Nosa Terra, 1996). Tamén é coautor de múltiples obras; así temos, “As novelas de Céltiga e Lar. Antoloxía” na HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A Nosa Terra, 1996), “A normalización da lingua galega no ensino” en XIII SEMANA GALEGA DE FILOSOFÍA (1996), “Trazos dunha paisaxe no tempo”, unidade didáctica sobre a obra gráfica de Xaquín Marín (AS-PG, 1998), “Castelao e nós”, unidade didáctica sobre a obra de Castelao (ASPG, 2000) e “A Europa das linguas. Achegamento á realidade lingüística basca, galega e bretoa” (AS-PG, 2002).
- BREA LÓPEZ, Mercedes
A título individual ten publicadas varias obras. Así temos: LÍRICA PROFANA GALEGO-PORTUGUESA. Corpus completo das cantigas medievais, con estudio biográfico, análise retórica e biblio^ratía específíca (Xunta de Galicia, 1996), MARTÍN CODAX, MENDIÑO E JOHAN DE CANGAS (Xunta de Galicia, 1998) e A CANTIGA DE AMIGO (Ed. Xerais de Galicia, 1998), esta en conxunto con Pilar Lorenzo. Ademais foi coordinadora da obra CANTIGAS DO MAR DE VIGO. EDICIÓN CRÍTICA DAS CANTIGAS DE MEENDINHO, JOHAN DE CANGAS E MARTÍN CÓDAX (Xunta de Galicia,1998). Tamén son moitos os capítulos escritos en obras colectivas. Así temos: “As cantigas da Ría de Vigo” en CANTIGAS DO MAR. HOMENAXE A JOAN DE CANGAS, MENDINHO E MARTÍN CÓDAX (Fund. Barrié de la Maza, 1998), “E verra i, mia madre, o meu amigo” na obra DÍA DAS LETRAS GALEGAS 1998. MARTÍN CÓDAX, MINDIÑO, JOHÁN DE CANGAS (Universidade de Santiago de Compostela, 1998), “Os santuarios á beira do mar” en JOHÁN DE CANGAS, MARTIN CÓDAX, MEENDINHO. 1200-1350, LÍRICA MEDIEVAL (Ed. Xerais de Galicia, 1998), “As cantigas de Santa María” en PROXECTO GALICIA (Hércules Edicións, 2000) e “D. Xosé Filgueira Valverde e as Cantigas de Santa María” no MEMORIAL FILGUEIRA VALVERDE. ESTUDIOS SOBRE LÍRICA MEDIEVAL GALEGO-PORTUGUESA (Cátedra Filgueira Valverde, 2002).
Asimesmo son numerosos os seus artigos en revistas coma “Verba”, “Grial”, “Revista Galega do Ensino”, “Revista de Lenguas y Literaturas catalana, gallega y vasca”... e tamén en misceláneas en homenaxe a diversas personalidades, sen esquecermos as súas “comunicacións” en congresos internacionais.
Na actualidade está como investigadora principal no proxecto titulado “O cancioneiro de xograres galegos”.
- CABADA CASTRO, Manuel
Ao longo da súa vida recibiu numerosas distincións e asimesmo é membro de numerosas asociacións: así temos que é membro da “Enxebre Orde da Vieira” (Madrid, 1975); membro da Asociación “Amigos de Terra de Montes” (Cerdedo); membro da Asociación de “Fillos e Amigos da Estrada”; ten a Insignia do “Salmón de Ouro”(A Estrada, 1992); Premio “San Martiño” para a Normalización Lingüística e Cultural (A Estrada, 1995); “Enseña de Ouro” e “Diploma de Honra” concedidos pola “Asociación Amigos de Terra de Montes” (2001)...
Canto á súa obra, ten publicados tres ensaios: A RAPA DAS BESTAS DE SABUCEDO. HISTORIA E ANTROPOLOXÍA DUNHA TRADICIÓN (Ed. Ir Indo,1992); XOSÉ MANUEL CABADA VÁZQUEZ. OBRA COMPLETA. POEMAS E OUTROS ESCRITOS (Fundación Cultural da Estrada, 2001) e PAIXÓN POÉTICA E MILITANCIA GALEGUISTA. ESTUDIO BIOGRÁFICO SOBRE XOSÉ MANUEL CABADA VÁZQUEZ (Ed. Do Castro, 2001). Tamén ten colaborado con todo tipo de temáticas en revistas e xornais, destacando as súas colaboracións nas revistas “Encrucillada”, “Grial”, “Revista Galega do Ensino”, “Cotaredo”... e en xomais coma “Tabeirós Terra”, “Faro de Vigo”... Asimesmo colaborou na “A Estrada. Miscelánea Histórica e Cultural” (Fundación Cultural da Estrada) e tamén na homenaxe ao estradense Manuel Reimóndez Portela MANUEL REIMÓNDEZ PORTELA. NA LEMBRANZA (Ed. Do Castro, 1996) coa colaboración “Manuel Reimóndez Portela, na lembranza”.
- CABADA VÁZQUEZ, Xosé Manuel.
No ano 1929 sería nomeado profesor auxiliar da Universidade Pontificia de Santiago. No ano seguinte asistiu á VI Asemblea das Irmandades da Fala e tamén recibirá a orde do diaconado. Este mesmo ano acadara o título de Mestre Nacional. No ano 1931 será nomeado vocal do comité provisional da “Agrupación Nazonalista” de Santiago. Neste mesmo ano licenciarase en Filosofía e Letras (sección de Historia). A finais deste ano participará na asemblea fundacional do Partido Galeguista en Pontevedra.
No ano 1932 impartirá docencia en Vigo e asimesmo será nomeado secretario de actas do “Grupo Galeguista” de Vigo e pouco despois secretario de actas da 2a Asemblea do Partido Galeguista de Santiago. No 1933 marchará como profesor e director do Instituto Elemental de Medina de Rioseco (Valladolid). No ano seguinte será profesor do Instituto de Linares (Jaén) e posteriormente Director.
Finou en Linares no ano 1936. As súas cinzas serían trasladadas á súa parroquia natal de Codeseda no ano 1962.
No ano 2001 o Exmo. Concello da Estrada adicou o ano cultural na lembranza da súa figura.
Os seus primeiros versos en galego datan do ano 1923. Comezará a colaborar moi especialmente no xornal estradense “El Emigrado”, dirixido polo seu gran amigo Manuel García Barros. A súa obra poética en galego verase recompilada no libro VAGALUMES (Seminario Central de Santiago de Compostela, 1931; Fillos e Amigos da Estrada,1989). Tamén entre os anos 1929 e 30 realizou, por encargo de Ángel Amor Ruibal, a tradución do “Catecismo” do P. Astete.
- CACHAFEIRO BUGALLO, Avelino. “O Gaiteiro de Soutelo”
Canto á súa obra literaria soamente nos deixou unha obra poética titulada VOANDO CAS AAS DA VIDA (1969), amén doutras composicións destinadas a seren musicadas.
- CAMBA SANMARTÍN, Xabier
Foi autor da extensa unidade “A Nova Narrativa” dentro da HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A Nosa Terra, 1996) e ademais autor de A NOVA NARRATIVA. ANTOLOXÍA (ASPG-A Nosa Terra, 1997). Por outra parte colaborou nas seguintes obras: A EUROPA l)AS LINGUAS. Achegamento á realidade lingüística hasca, galega e bretoa (ASPG, 2002) e na unidade didáctica CASTELAO E NÓS (ASPG, 2000). Ademais é un asiduo colaborador da revista “Carreiros”, órgano de expresión da A.C. “Fervenza” de Ouzande(A Estrada). Tamén é partícipe na elaboración de dúas obras de ensino no Bacharelato. Así temos: LINGUA E LITERATURA. 1" BACHARELATO (Consorcio Editorial Galego, 2003) e LINGUA E LITERATURA GALEGA. 2° BACHARELATO (Consorcio Editorial Galego, 2003).
- CARBALLUDE BLANCO, Xosé “Pepe Carballude”
Na nosa casa non había libros nin enciclopedias. Por iso lin poucos contos de pequeño, pero, á hora de durmir, Rosa e Francisca, as mulleres que lles botaban unha man a meus pais nos trqfegos do campo, contábanme unha chea de historias de lobos adoecidos, de pantasmas que volvían a este mundo ou de mouros gardiáns de tesouros fabulosos. Meus irmáns e máis eu quedabamos toda a noite a soñar con aqueles relatos. Coido que de aí prendeu en min o gusto por fabular.
Os primeiros anos paseinos na aldea, axudando nos labores da terra e xogando cos outros rapaces sempre que podiamos. No verán, mentres os pais durmían a sesta, bañabámonos no río que pasaba polofondo das brañas onde se podían atopar sacos con gatiños ou cadelos afogados. De vez en cando axexabamos cómo se bañaban as rapazas e despois escolliámolas de mozas. Normalmente elas non sabían nada. Outras veces dábasenos por entrar nas hortas dos veciños a coller froita, a mesma que tiñamos nas nosas, pero a roubada sabía mellor. Tamén andabamos ós niños de paxaro ou pillabámolos con paxareiras, armabámoslles ás troitas de noite, xogabamos ó fútbol, corriamos coa chinga... E ademais eu era o sancristán. Así matabamos afolganza.
Cando cumprín doce anos, marchei para Ourense. Estudiaba no instituto e vivía interno nun colexio menor. Era a primeira vez que saía ó “estranxeiro” e doeume moito. Pola noite lembrábame da casa da aldea, ruín pero agarimosa, dos irmáns, dos amigos, do can que me axudaba a tornar o gando, da troula... Na cidade non había nada diso. Non tiña queixa, pero faltábame a garula dos meus. Metinme de cheo nos libros e rematei o bacharelato no ano 1975. En Ourense coñecín algúns dos escritores que máis admiro: Blanco Amor, Carlos Casares, Méndez Ferrín... Foi todo un descubrimento porque eu pensaba que todos os escritores estaban mortos, por iso saían nos libros.
Despoisfun estudiar Filoloxía Clásica a Compostela,
a miña vocación desde terceiro de bacharelato. O mundo antigo, de lendas e deuses caprichosos, atraíanme moito. Alt' afondei na lectura de escritores gregos e latinos como Homero, Sófocles, Virxilio, Ovidio, Horacio... A eles débolles unha estética e un xeito de contar.
No ano 1980 licencieime en Filoloxía Clásica e marchei a dar clase a Cabeza del Buey (Badajoz)■ O ano seguinte aprobei as oposicións de agregado de Latín e destináronme a Vilagarcía. Despois volvín a Badajoz, desta volta a Don Benito. Aquel ano fíxenme catedrático de Latín e pasei a Carballo. Na actualidade estou no IES “Xosé Neira Vdas” de Perillo-OleirosfA Coruña). Esta é a miña vida, unha fotografía en branco e negro que non se pode cambiar. ”
A súa andaina literaria comeza no ano 1986, especializándose no apartado da literatura infantil e xuvenil, á que se adicará case en exclusiva. Así no ano 1986 acada o 1° Premio na 3a edición do Certame literario “O Barco de Vapor” coa súa obra OS GAZAFELLOS (Edit. S.M., 1987). Continuará coa obra O XÍLGARO PINTOR (Edit. Galaxia, 1987). No ano 1989 publicará tres obras: ANDAINAS DE PEDRO CHOSCO (Edit. S.M., 1989), O TALISMÁN DOS DRUÍDAS (Edit. Galaxia/Everest, 1989) e INVESTIGACIÓN 091 (Edit. S.M., 1989). Cada vez a súa pluma ten máis presentes aos lectores máis xoves e así no ano 1990 volve a acadar de novo o premio “O Barco de Vapor”, coa obra O DEUS DESAPARECIDO (Edit. S.M., 1990), escrita en conxunto con Andrés García Vilariño. Neste mesmo ano tamén verán a luz OS ENREDOS DE OLALLA (Edit. Sotelo Blanco/Everest, 1990) e aparecerá traducida ao catalán a súa INVESTIGACIÓ 091 (Cruilla-S.M., 1990). No ano 1992 publicarase a obra A FRAGA MISTERIOSA (Edit. S.M., 1992), que fora obra finalista no premio “O Barco de Vapor” do ano 1987. Continuará coa HISTORIA DO HOME CAN (Edit. S.M., 1993/Everest, 1994), con ¡MALDITO D.N.I.! (Edicións Xerais de Galicia, 1994) e con S.O.S. (Edit. Galaxia, 1994). Ata o ano 1997 non volverá a publicar ningunha obra narrativa, algo que fará coa súa obra ROMAXE DE DESVENTURAS (Edit. Rodeira, 1997), que tamén será traducida ao castelán ese mesmo ano (Edit. Edebé, 1997). Asimesmo sairá da súa pluma a colaboración A PARTIDA DE AMAIRXÉN (Asociación Cultural Neria de Vimianzo, 1997). No ano 1999 publicará as obras ANDREA QUERE SER MAIOR (Edit. Everest, 1999) e MIMOS E MÁIS
MIMOS (Edit. Galaxia, 1999). No 2(X) 1 sairá á rúa PAISAXE CON FONDO GRIS (Edit. Galaxia, 2001) e ao ano seguinte DE CÓMO O SANTO DOS CROQUES SE FAI PEREGRINO (Edit. S.M., 2002), obra coa que acadou o 1° premio do certame “O Barco de Vapor” dese mesmo ano. Tamén desde ano será a súa colaboración, non de literatura infantil e xuvenil, “Todo ten o seu valor” (“Relatos de verán”; La Voz de Galicia, 2002).
Con todo, Pepe Carballude tamén posúe outras obras, principalmente traducións de obras da literatura clásica ao noso idioma; así temos A GALICIA ROMÁNICA, I.G. BANGO TORVISO (Edit Galaxia, 1987), AS FÁBULAS DE FEDRO (Xunta de Galicia, Clásicos en galego, n° 2. Edit. Galaxia, 1988), esta en conxunto con Xosé Ma Liñeira Reboredo, A VIDA DIÁRIA DOS ROMANOS (Texto editora, 1995), que é unha tradución ao portugués da mesma obra publicada en castelán (Edit. S.M., 1989), SOBRE A VELLEZ/SOBRE A AMIZADE, de Cicerón (Xunta de Galicia, Clásicos en galego, n° 14. Edit. Galaxia, 1995), tamén en conxunto con Xosé Ma Liñeira Reboredo. Amais cómpre salientar as súas colaboracións “Do meu rueiro” en MANUEL REIMÓNDEZ PORTELA NA LEMBRANZA (Ediciós do Castro, 1996), nunha obra homenaxe ao estradense D. Manuel Reimóndez Portela, ou “Un esquema para a análise visual do latín” (Rev. Trevo, n° 5, Ourense).
- CONSTENLA BERGUEIRO, Gonzalo
Dende 1990 é titular do corpo de profesorado de escolas oficiais de idiomas, nas que impartiu docencia en Ponferrada, Vigo e Pontevedra, e dende o ano 1992 é profesor da Universidadc de Vigo. Na actualidade imparte docencia na Escola Oficial de Idiomas de Santiago de Compostela e na Facultade de Filoloxía e Tradución de Vigo, onde tamén desenvolve o seu labor investigador. Como tal, formou parte do equipo de investigación da Universidade de Santiago de Compostela que elabora o “Diccionario matutal inglés-galego e galego-inglés”, financiado pola Xunta de Galicia e do grupo de investigación “Literatura popular” da Universidade de Vigo. Arestora é membro dos grupos de investigación “La traducción literaria en España (repertorio informatizado crítico-bibliográfico de las traducciones publicadas en España 1940-2002) da Universitat de Barcelona, e “Biblioteca dixital da tradución literaria galega (1980-2005)” da Universidade de Vigo, ambos os dous financiados polo Ministerio de Ciencia e Tecnoloxía. Como investigador, presentou asemade diversos relatorios e comunicacións en diferentes congresos, simposios e seminarios. Ten realizado estadías como investigador convidado nas Universidades de Kent (Inglaterra), Cork (Irlanda), Malta, País de Gales e Costa Rica, e como profesor convidado nas de Bochum (Alemaña) e Bruxelas (Bélxica). É membro do consello de redacción de “Viceversa. Revista galega de traducción”, e formou parte dos comités de organización de diversos congresos, simposios e seminarios.
No eido do asociacionismo de base, foi membro das directivas da “Asociación Cultural A Estrada”, “Asociación Xuvenil Proxecto Zarabeto”, “A Mesa pola Normalización Lingüística” ou a “Asociación para a Defensa Ecolóxica de Galiza (ADEGA)”. Dende o 1995 é concelleiro do Grupo Municipal do BNG, e desde o ano 2000 portavoz do mesmo, na Corporación Municipal da Estrada.
A nivel individual publicou ANTOLOXÍA DO ENSAIO SOCIOLINGÜÍSTICO (ASPG-A Nosa Terra,1996) e tamén é co-autor do DICCIONARIO DE SINÓNIMOS DA LINGUA GALEGA (Galaxia, 1997). Tamén son moi salientábeis os seus capítulos inseridos en diferentes obras. Así temos: “Unha proposta didáctica para o ensino da traducción do inglés” na HOMENAXE A RAMÓN LOURENZO (Galaxia, 1998); “O ensaio socio- lingüístico” en HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A Nosa Terra, 1996); “Cronoloxía da historia contemporánea de Galiza” en TEMPOS DE SERMOS. GALICIA NOS SÉCULOS CONTEMPORÁNEOS (Universidade de Vigo, 2002); “A situación do galego: do colonialismo á mundialización. Unha lectura política” en NACIONALISMO E GLOBALIZACIÓN: LINGUA, CULTURA EIDENTIDADE (Universidade de Vigo, 2003) e “Introdución” en LINGUAS SEN ESTADO E PLANIFICACIÓN LINGÜÍSTICA (I): ITALIA E FRANCIA (Universidade de Vigo, 2003).
Por outra parte, cómpre salientar varias traducións do inglés ao galego. Así temos: EXPEDICIÓNS, EXPLOTADORES E PIONEIROS (Edicións Xerais de Galicia, 1996); A GUERRA DOS MUNDOS (Edicións Xerais de Galicia, 1998); NA PROCURA DO EFÉMERO. O CORREO DA UNESCO (UNESCO-Xunta de Galicia, 1997) e EDUCACIÓN PARA TODOS. O CORREO DA UNESCO (UNESCO-Xunta de Galicia, 2000).
Asemade foi encargado da edición e coordinación de diferentes publicacións eoleetivas, eomo: CASTELAO. CO PENSAMENTO EN GALIZA. Actas do Congreso (Concello de Pontevedra-ASPG-Universidade de Vigo, 2001); TEMPOS DE SERMOS. GALICIA NOS SECULOS CONTEMPORÁNEOS (Universidade de Vigo, 2002); LINGUAS NON NORMALIZADAS. PRESENTE E FUTURO. Actas do Congreso Internacional (ASPG- Universidade de Vigo, 2002) e LINGUAS SEN ESTADO E PLANIFICACIÓN LINGÜÍSTICA (I): ITALIA E FRANCIA (Universidade de Vigo, 2003).
Tamén son múltiples os seus artigos e reseñas en publicacións periódicas.
- COUCEIRO BUGALLO, Xosé
A partir dos anos 90 está a abondar un pouco máis na escritura. A súa obra permanece case toda inédita. E autor da obra lírica titulada O MEU BRADO MAINIÑO (Ed. Fervenza, 2004).
- DIZ RAMOS, Manuel
De adolescente traballou nas minas de estaño no seu poboado de orixe e como canteiro nas provincias de Huesca e León. A finais do ano 1946 emigrou para o Brasil. Nos primeiros anos residiu en Salvador (Bahia) e máis tarde (1951) pasou a vivir a Belo Horizonte (Minas Gerais), onde fixou a súa residencia. Nesta súa definitiva residencia comezou a exercer o Maxisterio e fixo os estudos, ata acadar a licenciatura de Física, Matemáticas e Deseño Xeométrico. Actuou como profesor por máis de 25 anos. Foi consultor de Física no sector de Suplencia da “Secretaria de Estado da Educa^ao” de Minas Gerais. Posúe o Postgrao de Especialización no ensino de Ciencias, modalidade de Física, feito na Universidade Federal de Minas Gerais. Foi Director- presidente, por varios anos, do Gremio Español de Socorros Mutuos e Instrucción, en Belo Horizonte (Sociedade que congrega a maior parte dos emigrantes españois, dos cales, máis do 80% son orixinarios de Terra de Montes e arredores). Tamén foi Presidente do Instituto Mineiro de Cultura Hispánica, en Belo Horizonte. Nos galardóns recibidos cómpre salientar a súa condecoración con “La Encomienda de la Orden del Mérito Civil del Rey de España”, polo Rei D. Xoán Carlos I.
En galego ten publicada unha obra: un ensaio titulado PHOENIX HISPÁNICA: “Síntese de un pasado de loitas e feitos históricos de un pobo” (Funda^ao Biblioteca Nacional, 1998), obra tamén publicada nese mesmo ano en portugués. Un libro seu de poemas titulado POEMAS NA EMIGRACIÓN-EN GALEGO, inda que sen publicar, a maior parte dos poemas alí inseridos foron publicados a paitir do 1993 na revista “O Quince” do Concello de Beariz de Montes. Varias obras súas permanecen á espera da súa publicación, case todas en portugués, como son: PLANETA TERRA E SEUS MISTÉRIOS; ISAIAS, O EMIGRANE SONHADOR; A REPÚBLICA DE PATÓPOLIS; VIDAS FRAGMENTADAS...
DOCAMPO PEGO, M" Otilia
Naceu na Estrada no ano 1919. No ano 1938 ingresou no Corpo de Correos en Santiago de Compostela, de onde foi trasladada á Estrada no 1942. No ano 1966 foi nomeada Xefa desta Oficina Técnica, onde exerceu este cargo ata o 1985, uno da súa xubilación. Na actualidade reside na súa vila natal.
No ano 1948 escribiu unha serie de poemas produto do pasamento do seu marido, en galego e en castelán. Estes poemas serán publicados so o título de DO FONDO DA IALMA (Faro de Vigo, 1967).
- DOCAMPO REGENGO, Miguel
Ao longo da súa vida impartiu, e segue a impartir, numerosos cursos en col das máis variadas técnicas do deseño e incluso durante a súa estadía por Ibiza e Palma de Mallorca creou grupos de animación cultural, talleres variados e incluso creou, e dirixiu, un grupo de Guiñol (“RUM-FUM-BUM”). Na actualidade reside na Estrada.
No ano 1978 acadou o premio de Artista xove na campaña de promoción de “Artistas Jóvenes” da Coruña.
Son múltiples as súas exposicións nos máis variados lugares, destacando as de A Estrada, Mallorca, Ibiza, Compostela e Pontevedra... así coma outras conxuntas, coma a desenrolada na Estrada pola Asociación Fillos e Amigos da Estrada ou a que se desenvolveu na Galería Sargadelos da Estrada.
A nivel de literatura e cultura galega, foi encargado e posteriormente deseñador da revista VAGALUME, publicación infantil e xuvenil, de Santiago de Compostela; nas revistas TEIMA, A NOSA TERRA, CONTRARRETRANCA (A Estrada) e en DORNA. Tamén foi o deseñador de portadas de obras literarias, coma a de IÍERNARDO RODRÍGUEZ RIBEIRA (Fundación Cultural da Estrada, 2002).
- DOCAMPO VÁZQUEZ, Xosé “Casagrande”
Colaborou en moitos xornais, coma os estradenses “El Estradense”, “El Emigrado”... en “La Vanguardia” e, sobre todo, en “Faro de Vigo”, do que foi correspondente dende o ano 1914. Publicou a obra de contos XENTE QUE VAI E VÉN (Ed. Manuel Docampo Pego, 1983) onde se recolleron diferentes contos que el fora emitindo nas ondas de Radio Estrada.
- DONO LOPEZ, Pedro
É autor da edición da obra AIRES DA MIÑA TERRA de Curros Enríquez (ASPG-A Nosa Terra, 1996).
- l' ERNÁNDEZ CASTRO, Xoán Andrés
Estuda Maxisterio en Santiago de Compostela e posteriormente a carreira de Xeografía e Historia, especialidade de Historia. Elabora e defende a súa Tese de Licenciatura “Reconstrucción demográfica de una parroquia rural gallega. Guimarei, A Estrada-Pontevedra, 1700-1850”, obtendo a máxima cualificación do Tribunal.
Realiza e remata en Madrid os Cursos de Doutoramento e prepara a Tese de Doutoramento no ámbito da demografía histórica so o título “Los orígenes de la villa de A Estrada; aspectos demográficos y económicos”.
Exerce a súa carreira como docente no CPI “Aurelio Marcelino Rey” de Cuntis, impartindo clases de Xeografía e Historia na ESO.
Na actualidade é Director do Museo “Manuel Reimóndez Portela” da Estrada e coordinador editorial da publicación “A Estrada, miscelánea histórica e cultural”, que se vén editando dende o 1998.
É autor de tres obras concementes a diferentes itinerarios inseridos nunha ampla colección. Así comezou publicando ITINERARIO DIDÁCTICO POLO CONCELLO DA ESTRADA (Vía Láctea, 1986), ITINERARIO DIDÁCTICO POLO BAIXO MIÑO (Vía Láctea, 1987) e ITINERARIO DIDÁCTICO POLA BACÍA DO ULLA E PENÍNSULA DO BARBANZA (Vía Láctea, 1987). Cómpre salientar as súas colaboracións en diferentes publicacións colectivas, moi especialmente en practicaniente todos os números da revista “A Estrada. Miscelánea históríca e cultural”, da que é o seu actual coordinador. Tamén colaborará en revistas como “Gallaecia” e “Brigantium”, e asimesmo na “VI Forxa Literaria” (Seminario de Estudios Deza, 2003), e cunha ponencia no “Encontro sobre educación ambiental en Galicia” (Xunta de Galicia, 1990). Cómpre termos moi presente que foi o coordinador da obra homenaxe ao insigne estradense Manuel Reimóndez Portela titulada MANUEL REIMÓNDEZ PORTELA NA LEMBRANZA (Ed. do Castro, 1996), onde tamén colaborou co artigo “A biblioteca de Castelao en Buenos Aires”.
- FERNANDEZ DA PONTE, Xosé
Finou na Baña no ano 1989.
Comezou publicando algúns poemas en “El Emigrado”, “Vida Gallega”, “El Compostelano”, “La Noche”, “Tapal”... A súa obra poética, en galego e en castelán, foi recompilada e publicada na obra LATEXOS (Ed. Celta, 1979).
- FEROS SANGIAO, Nieves
Ten publicadas dúas obras. A primeira titulada O SALMÓN EN GALEGO. 100 maneiras de prepara-lo salmón (Ed. de Nieves Feros, 1999 e 2001) e posteriormente publicou A COCIÑA EN GALEGO (Ed. de Nieves Feros, 2001) cunhas 160 receitas concernentes a todos os apartados culinarios. FRAGOSO, ManuelNaceu en Codeseda (A Estrada) no ano 1956. A súa obra artística foi exposta en diferentes lugares de Galiza e incluso fóra (Bilbao). E Membro da Comisión dos Premios San Martiño.
Os seus debuxos aparecen ilustrando diversas obras literarias, así coma en revistas e xornais da cultura do noso país. As grandes editoriais galegas nalgún momento contaron cos seus deseños, así temos: “Edicións Xerais de Galicia”, “Editorial Galaxia”, “Vía Láctea”... o mesmo que ocorre coas revistas “Escrita”, “A Nosa Terra”, “Can sen dono”, “Galicia expres-ese”, “Tintimán”, “Quevedos”... e xornais coma “La Voz de Galicia”, “El Faro de Vigo”...
Ademais atopamos os seus debuxos en HOMENAXE DA POESÍA E DA PLÁSTICA GALEGA AOS QUE LOITARON POLA LIBERDADE (Ed. O Castro), WIAXE KÓSMICO POLO MUNDO DUN HINÚTIL, de Secundino do Rueiro, AS CORES DO VENTO (Xunta de Galicia) e colaborou con GALIX- GALICIA SOLIDARIEDADE, con PRESENCIA GITANA CONTRA O RACISMO E A XENOFOBIA... e asimesmo numerosas portadas e interiores de obras literarias coma XOSÉ MANUEL CABADA VÁZQUEZ. Obra completa, poemas e outros escritos (Fundación Cultural da Estrada, 2001), MARCIAL VALLADARES. Cantigueiro Popular (Fundación Cultural da Estrada, 2004), PARA ISO ESTÁ O FUTURO, de David Otero (Ed. Fervenza, 2003) e finalmente con MEMORIAS DO CAIRO de Xosé Luna (Ed. Fervenza, 2004), con O MEU BRADO MAINIÑO de Xosé Couceiro (Ed. Fervenza, 2004) e con O CIRIDONIO (Ed. Fervenza, 2004) de David Otero.
- GARCÍA BARROS, Manuel “Ken Keirades”
No ano 1997 o Exmo. Concello da Estrada adicou este ano á lembranza da súa memoria.
Os seus primeiros escritos xa saíron da súa pluma a finais do século XIX, sendo nestes comezos case en exclusiva poemas, que apareceron publicados por separado nos máis variados medios. O seu primeiro artigo coñecido publicouse en “Luz y Sombra” de Vigo no ano 1898. A partir de aquí é moi reseñábel o seu labor xornalístico, especialmente no xornal “El Estradense”, un semanario agrícola-social, que se comezou a publicar no 1906 e no que participou con artigos, relatos curtos... e do que foi o seu Director. Deixou de se publicar no 1909. No ano 1920 creouse o xornal “El Emigrado”, xomal financiado polos “Hijos del Ayuntamiento de A Estrada” de Cuba. Neste xornal comezou a publicar periodicamente os seus “Contiños da Terra” e comezou a ser recoñecido e respectado no ámbito cultural galego e no movemento galeguista. No ano 1924 o seu conto "O fúbol en Malpocados” l'oi premiado nos “Xogos Florais dc Santiago”. Dous anos máis tarde púxose en escena a súa pequena peza teatral CARTA DA HABANA (Revista Céltiga; Ed. Fervenza, 2002). No 1929 o seu longo traballo “Falemos na nosa fala” gañou o “Certame Literario de Exaltación da MullerGalega” (Pontevedra). Posteriormente recolleitou os contos que fora sacando no “El Emigrado”, e saíu á rúa so o título CONTIÑOS DA TERRA (Nós, 1931; Hnos. Caporaletti, 1952; Ed. Xerais de Galicia, 1999; Biblioteca Galega 120, La Voz de Galicia, 2002). Xa en vida non viu publicadas máis obras, a pesar de pasar toda a vida escribindo. No ano do seu pasamento, meses despois, saíu á rúa AVENTURAS DE ALBERTE QUIÑOI (Ed. Castrelos, 1972; Vía Láctea, 1990), a pesar de que xa fora finalista nun concurso literario convocado polo Centro Galego de Buenos Aires no 1949. Máis tarde publicáronse as súas obras ENREDOS (Edit. Galaxia, 2000) e DOS MEUS RECORDOS (Edit. Galaxia, 2001).
- GARCIA GOMEZ, Valentín
Tamén foi membro fundador do “Grupo de Teatro Os Tirinautas”, da “Coral Polifónica Estradense”, de Radio Estrada e da Tele Estrada.
É autor da reedición de A ESTRADA RURAL (Exma. Deputación Provincial de Pontevedra, 2004) e colaborou co traballo “Informe-proposta sobre a organización dos servicios lingüísticos” en XORNADAS DE COORDINACIÓN DE POLÍTICAS LINGÜÍSTICAS (Fundación Enclave, 2003).
- GARRIDO COUCEIRO, Xoán Carlos
Cursou o Doutoramento en Antropoloxía. Foi responsábel comarcal do Sindicato Labrego e Director da “Editorial Fouce”. Ten participado en Ponencias na “Semana Galega de Filosofía” e no “Congreso Castelao”. Foi membro do Consello de Redacción da Revista “Contrarretranca”. Tamén foi membro da “Asociación Cultural A Estrada” durante dúas décadas.
A nivel individual comezou publicando a obra MANUEL GARCÍA BARROS. LOITANDO SEMPRE (Ed. Fouce, 1995), para continuarcon O PENSAMENTO DE CASTELAO (A Nosa Terra, 2000) e MANUEL GARCÍA BARROS (Ed. Fervenza, 2002), así como tamén foi autor da edición crítica O PENSAMENTO GALEGUISTA DA POSGUERRA (A Nosa Terra, 1997). Ultimamente publica a obra teatral FALANDO CON BALAS (Ed. Fervenza, 2004).
A nivel colectivo ten publicado colaboracións nas máis variadas obras. Así temos: “O concepto de nación en Castelao” nas ACTAS DO CONGRESO CASTELAO (Universidade de Santiago de Compostela, 1989); “Castelao: nazón e alienación” en O PENSAMENTO GALEGO NA HISTORIA (Universidade de Santiago de Compostela,1997); “O pensamento galeguista (o ensaio filosófíco de posguerra)” en HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A Nosa Terra, 1996); “Roberto Blanco Torres” en OS MÁRTIRES DO 36 (A Nosa Terra, 1996); “Propostas metodolóxicas para o estudio do poder local na Galicia. Dos últimos anos da Restauración” en PODER LOCAL, ELITES E CAMBIO SOCIAL NA GALICIA NON URBANA (Universidade de Santiago de Compostela, 1997); “A democracia na Galiza” en ROBERTO BLANCO TORRES, O COMBATE INCESANTE (A Nosa Terra, 1999); “O teatro militante de Varela Buxán” en MANUEL DANIEL VARELA BUXÁN. O PATRIARCA DO TEATRO GALEGO (Seminario de Estudios Deza, 2000); “A imposible victoria de Chinto Crespo” en O SINDICATO DE AGRICULTORES DE TEIS (Asoc. Wciñal de Teis, 2000), “As causas da crueldade” en MURGUÍA, REVISTA GALEGA DE HISTORIA (Asoc.Galega de Historiadores, 2004) e “Na Estrada entre labregos e agrarios” en PEDRO BREY. A PARROQUIA RETRATADA (Xunta de Galicia-Universidade de Santiago de Compostela, 2004). Ademais foi colaborador de dúas obras para o ensino: FILOSOFÍA. 1° BACHARELATO (Promocións Culturais Galegas, 2000) e FILOSOFÍA. 2° IIACHARELATO (Promocións Culturais Galegas, 2001). Tamén os seus artigos en diferentes revistas son nmnerosos, destacando os inseridos nas revistas “Terra e Tempo” e “Contrarretranca”.
- GOLDAR DURÁN, Xosefa
Como obra narrativa Xosefa Goldar publicou NO FÍO DO TEMPO (Edicións Xerais de Galicia, 1987). Ademais participou na obra ASEDIOS Ó CONTO (Servicio de Publicacións da Universidade de Vigo, 1999) co seu traballo “Sobre confusión e morte de María Halteira”.
- GONZÁLEZ VIGO, Marcial José
Son numerosísimos os premios que acadou ao longo da súa vida profesional na Radio, na Tclevisión e na Prensa.
No noso idioma ten publicadas dúas obras. A primeira, titulada MEDIO CENTO DE GALEGOS E ROSALÍA (Ed. Celta, 1983), en colaboración con Xulio Xiz Ramil, amósanos os guións radiofónicos dos programas que, so o título da obra, foron producidos en Radio Popular de Lugo e emitidos nas emisoras COPE de Galiza, e que acadaron o “Premio Nacional de Radio”, convocado polo Padroado “Rosalía de Castro” co gallo do Centenario da publicación de “Follas Novas”. Posteriormente publicou o extensísimo ensaio (895 páxinas) titulado TERRAS DE LUGO. O libro das parroquias do Concello e da cidade de Lugo (Publinorte de Lugo, 1996).
- GULÍAS LAMAS, Xesús Antonio
Na actualidade reside en Vigo.
Ten publicados varios ensaios, entre os que cómpre destacar: LENDAS DE BEARIZ DE MONTES; OS RONSEIS DA PEDRA; DE BEARIZ A OURENSE; POLOS CAMIÑOS DE BEARIZ DE MONTES; BEARIZ DE MONTES: ASPECTO ANTROPOLÓXICO, HISTÓRICO E CULTURAL DUN POBO e DICCIONARIO DO VERBO DOS CANTEIROS. Asimesmo publicou o conto XOTITLE E O INDIANO e LENDADE CHURRUCHAO. En verso publicou VERSOS SOLTOS, UN CANTO A BEARIZ DE MONTES e VERSOS DOS NENOS DE MONTES. Nestes intres está a punto de rematar varios ensaios en col dos canteiros e monumentos de Terra de Montes así coma un en col do románico na zona.
- HERMIDA GULÍAS, Carme
A título individual ten publicadas as seguintes obras: A REIVINDICACIÓN DA LINGUA GALEGA NO REXURDIMENTO 1840-1891). ESCOLMA DE TEXTOS (Consello da Cultura Galega, 1992); OS PRECURSORES DA NORMALIZACIÓN. DEFENSA E REIVINDICACIÓN DA LINGUA GALEGA NO REXURDIMENTO (Ed. Xerais de Galicia, 1992), ambas froito dos estudos realizados a prol da elaboración da Tese de Doutoramento; ROSALIA DE CASTRO NA PRENSA BARCELONESA (1863-1899) (Patronato Rosalía de Castro, 1993) e ORTOGRAFÍA PRÁCTICA (Sotelo Blanco, 2001).
Pero o seu labor en obras colectivas é inxente. Colaborou na elaboración de varios dicionarios, así temos: DICCIONARIO NORMATIVO GALEGO CASTELÁN (Edit. Galaxia, 1988), DICCIONARIO XERAIS CASTELÁN-GALEGO DE USOS, FRASES E SINÓNIMOS (Ed. Xerais de Galicia, 1990), DICCIONARIO XERAIS DA LINGUA (Ed. Xerais de Galicia, 2002) e GRAN DICCIONARIO XERAIS DA LINGUA (Ed. Xerais de Galicia, 2000). Tamén colaborou na elaboración de moitos libros de texto, así temos: LINGUA 1° ESO (Ed. Xerais de Galicia, 1996), LINGUA 2° ESO (Ed. Xerais de Galicia,1997), LINGUA E LITERATURA GALEGA 3° ESO (Ed. Xerais de Galicia, 1998), LINGUA E LITERATURA GALEGA 4" ESO (Ed. Xerais de Galicia, 1998), LINGUA 1° ESO (Ed. Xerais de Galicia, 2001) e LINGUA 2" ESO (Ed. Xerais de Galicia, 2001). Tamén colaborou na obra ERROS DO GALEGO. I. LÉXICO (Ed. Compostela, 1995) e, en conxunto con Francisco Fernández Rei, en A NOSA FALA. BLOQUES E ÁREAS LINGÜÍSTICAS DO GALEGO (Consello da Cultura Galega, 2(K)4). Ademais foi encargada da edición da obra de Xoán Manuel Pintos, A GAITA GALLEGA (Ed. Xerais dc Galicia, 2002). Tamén nos cómpre salientar os seus artigos aparecidos como colaboración en diferentes obras. Así temos: “A consideración social do galego no século XIX e os intentos de modificala” na obra HOMENAXE Ó PROFESOR CONSTANTINO GARCÍA (Universidade de Santiago de Compostela, 1991), “O dialectalismo en Celso Eniilio Ferreiro” e “Glosario de Celso Emilio Ferreiro” en ESTUDIOS DEDICADOS A CELSO EMILIO FERREIRO (Universidade de Santiago de Compostela, 1992), “En galego o que ti queiras” en COMENTARIO DE TEXTOS POPULARES E DE MASAS (Ed. Xerais de Galicia, 1994), “Ferro Couselo e a lingua galega” en XESÚS FERRO COUSELO (Xunta de Galicia, 1996), “Galego e portugués durante o século XIX (1840-1891) en HOMENAXE Á PROFESORA PILAR VÁZQUEZ CUESTA (Universidade de Santiago de Compostela, 1996), “Algunhas consideracións sobre o galego da prensa. A morfosintaxe” en HOMENAXE A RAMÓN LORENZO (Edit. Galaxia, 1998), Un modelo de lingua para os medios de comunicación de masas” en CINGUIDOS POR UNHA ARELA COMÚN. HOMENAXE Ó PROFESOR XESÚS ALONSO MONTERO (Universidade de Santiago de Compostela, 1999) e finalmente “Usos errados no léxico da prensa” en HOMENAXE A FERNANDO R. TATO PLAZA (Universidade de Santiago de Compostela, 2002). Ademais colaborou no proxecto HISTORIA DO GALEGO ESCRITO, fmanciado pola Consellería de Educación da Xunta de Galicia realizado entre o 1990 e o 1994.
- LOSADA DIÉGUEZ, Antón
No 1911 viaxou a Madrid por mor de preparar as oposicións á Cátedra de Psicoloxía, Lóxica, Etica e Rudimentos de Dereito, obtendo o número un, e foi destinado a Toledo. Tras unha breve estadía nesta cidade, permutará esta praza pola de Ourense no 1914. Aquí será onde reanudará a súa relación co agrarismo católico. Aquí ademais tomará contacto con xoves intelectuais ourensáns, que máis adiante formarán o núcleo de “Nós”, sen embargo mantívose totalmente desvinculado de “La Centuria”, primeiro órgano de expresión deste grupo. No 1917 ingresará nas “Irmandades da Fala”. Chegou a presidir a I Asemblea Nacionalista de Lugo no 1918 e dous anos máis tarde será un dos fundadores da “Revista Nós”. No 1924 entrou no Seminario de Estudos Galegos, onde foi un membro destacado. Na escisión que se produciu no Nacionalismo (1922), Losada pasarase ao bando de Vicente Risco. Sen embargo ambos demitiron publicamente dos seus postos de deputados provinciais, Losada por Pontevedra, no 1925. A partir de aquí a súa actividade centrarase exclusivamente no ámbito cultural. Tamén foi “Membro Correspondente” da Real Academia Galega. Nestes anos, en Pontevedra, promoveu a creación da “Coral Polifónica”. Foi membro da Padroado do Museo Provincial, Presidente do “Círculo Católico de Pontevedra”. Finou no ano 1929. No ano 1985 a Real Academia Galega adicoulle o “Día das Letras Galegas”.
Os seus primeiros artigos foron publicados en “Nós”, “Alborada” e, por suposto, no xornal estradense “El Emigrado”, dirixido polo seu gran amigo e admirado, D. Manuel García Barros. Os seus ensaios, especialmente de temas políticos, foron recompilados no ano 1985, co gallo de lle adicar ese ano o “Día das Letras Galegas”, so o título OBRA COMPLETA (Ed. Xerais de Galicia, 1985).
- LOUREIRO RODRIGUEZ, Carlos
O seu principal eido dentro da nosa cultura será o de sacar á luz a obra anónima e esquecida do estradense Manuel García Barros. Así comezou coa edición da obra AVENTURAS DE ALBERTE QUIÑOI (Vía Láctea, 1990), esta en colaboración co profesor Xesús Oreiro Pensado, para continuar coa edición, introdución e notas da obra CONTINOS DA TERRA (Ed. Xerais de Galicia, 1999) e coa edición de ENREDOS (Edit. Galaxia, 2000), DOS MEUS RECORDOS (Edit. Galaxia, 2001), da CARTA DA HABANA (Ed. Fervenza, 2002) e O CEGO DE FORNELOS (Ed. Fervenza, 2004) de Varela Buxán. No ano seguinte publicará CALLOBRE C.F. DOS ALICERCES A 2002 (Fundación Cultural da Estrada, 2003), onde se narra a historia de máis de sesenta anos de existencia deste exemplar Clube estradense.
- LUEIRO LEMOS, Xosé
Ten publicadas dúas obras, unha de poesía titulada ANTOLOXIA DUN NAUFRAXIO (Galinova, 2000) e unha adaptación teatral do extenso poema de Avelina Valladares “Diálogo entre un peregrino que se dirige a Compostela y un labriego” titulado AS PAPOULAS DO PEREGRINO (Ed. Fervenza, 2002).
- LUNA SANMARTÍN, Xosé
O matadoiro, hoxe reconvertido no Museo Reimóndez Portela. A fmca de Muñiz., que nós chamabamos a de Paradés, hoxe urbanizada como rúa 35. O Cano do Sifón, hoxe (aínda que estreito) en moito mellor estado, a saída sur da illa. O Teatro Principal, onde os soños se facían realidade a 24 imaxes por segundo. A fonte máis grande do mundo. O campo de fútbol da Baiuca, lembro un velliño que sempre levaba paraugas aos partidos, chovera ou non. As carreiras polo xardín. A carballeira de Leis, onde unha tarde de verán cravei un cristal nun pé e tiveron que darme doce puntos. A finca Paraíso, a do señor Joaquín, o torneiro, que á postre convertiríase no meu avó. As cereixas máis sabedeiras do mundo, as da señora Secundina. As obras de teatro que improvisabamos no fallado da miña casa. O señor Torres, que tiña como especialidade a caza, captura e exhibición de toupas. Os automóbiles antigos que había no garaxe de Campos. O arrecendo a verniz e viruta do taller de carpintería de Valcárcel...
Un par de veces á semana atravesabamos a Pinguela e iamos a Guimarei, á casa dos meus avós maternos, aquelo era fantástico... Velaquí algúns dos espazos vitais da miña infancia.
Estudiei no colexio de Lourdes: a señorita Leonor regaloume un dos libros que mátis veces relín na miña vida, Cinco Semanas en Globo. O meu profesor de 2°, un tecedor de soños chamado David Otero, díxolle aos meus pais que ía rematar na NASA. Enfin, cando rematei 8° de EXB, o director preguntoume qué queria ser (estudiar); eu contestei, mestre e periodista.
Con trece anos pasei un mes de vacacións en Londres, na casa dos meus tíos, alí comprobei que había outros Ceos por descubrir.
Fun sempre por letras ata que, en 1984, botei moza e comecei a ter un interés inusitado (e obsesivo) polas matemáticas... en 1992, namentres todos miraban as Olimpiadas, casei con Regina, a miña noiva matemática.
Antes, fixen en Santiago a carreira (Maxisterio) pola que tiña (teño) devoción (vocación) e logo estudiei Xeografía e Historia, especialidade de Historia Contemporánea, tamén en Compostela.
No 2000 naceu o meu fillo, Nicolás. Veu cunha historia marahillosa debaixo do brazo, O ano das mimosas, pero... esa é outra historia. ”
A súa obra abrangue practieamente todos os xéneros literarios, xéneros que se completan co seu traballo a prol da edición de diferentes obras dramáticas que xustifican o único xénero que non saíu aínda da súa pluma. Así publicou dúas obras narrativas: AS COMETAS DA VIDA (Ed. fervenza, 1999), obra coa que acadou o Premio Roberto Blanco Torres, e O ANO DAS MIMOSAS (Ed. fervenza, 2000). A nivel de ensaio publicou A ESTRADA ROMÁNICA (Ed. Fouce, 1999) e ONDE O SOL FACHEABA Ó AMAÑECER. VIDA E OBRA DE AVELINA VALLADARES NÚÑEZ (Ed. Fouce, 2000). Tamén foi coordinador da obra MANUEL DANIEL VARELA BUXÁN. O PATRIARCA DO TEATRO GALEGO (Seminario de Estudios Deza, 2000). Canto á lírica, a súa obra MEMORIAS DO CAIRO (Ed. Fervenza, 2004) foi galardoada co premio “Avelina Valladares” do ano 2003. Tamén é coautor co artista Manuel Fragoso da obra A MARCIAL VALLADARES. 100 ANOS (Fundación Cultural da Estrada, 2003). Asimesmo realizou a edición da obra completa de Marcial Valladares titulada CANTIGUEIRO POPULAR (Fundación Cultural da Estrada, 2004). No eido teatral realizou a edición da obra de Manuel Bergueiro López, OLLO COS ESTUDANTES (Ed. Fervenza, 2003) e da obra de Manuel D. Varela Buxán ¿PISTA OU PESTE? (Ed. Fervenza, 2003) e a edición crítica de conversa CONVERSA ENTRE ARRIEIROS (Ed. Fervenza, 2004) de Marcial Valladares. Ademais realizou a tradución e adaptación da obra de Varela Buxán GRACIAS, PADRE RAMON (Seminario de Estudios Deza, 2004).
- MACEIRA FERNÁNDEZ, Xosé Manuel
“Nos primeiros días do 64, Nikita Kruscheffacía un chamamento mundial cofin de renunciar ao emprego daforza para resolvermos problemas de orde política; o presidente l.yndon Johnson, na primeira intervención no Congreso dos t'.EUU, afirma que o principal obxectivo do seu mandato será im mundo sen guerra, enuncia unha redución do gasto militar e aproba mil millóns de dólares para loitar contra a pobreza. O catro de xaneiro, o Papa Paulo VI visita Terra Santa e Xordania. En Santiago, aínda retumbaba a denuncia de cstudantes e intelectuais dirixida ao Ministro de Información c Turismo, Manuel Fraga, pedindo responsabilidades e unha investigación seria sobre o asasinato de Julián Grimau e o poeta Manuel Barranco. Iníciase o apoxeo da emigración europea, comeza a baixa da poboación do rural, cunhaforte caída da natalidade. Neste ano fúrtdase a UPG, o PSG celebra o primeiro ano de actividcide política, morre Suárez Picallo no exilio e Leandro Carré dá un curso, moi numeroso, de Lingua Galega na Coruña; a pesar das trabas, finalmente, con autorización oficial. 1964, ano de esperanza nun tempo mellor, de moito traballo e un neno que chegaba entre os cantos de Reis, polo menos na miña casa. Na vella escola unitaria descubrín a maxia dos libros, a alegría lumiosa da cultura. O estudo sería unha saída; eu víao como unha aventura, unha aprendizaxe para comprender o universo desde a doce sombra dos frutais, na nosa eira. Medrei na aldea, e con doce anos marchei con meus pais para O Covelo. Nas vacacións e nalgúns fins de semana regresaba a Orazo coas emocións doloridas, sentía as amizades esvaecidas case como un transterrado. De neno e mociño, cruzaba a doce e máxica Pontevedra na travesía dosfins de semana, desde o noso no val da Ulla Alta até Mondariz e ao Covelo. Cidade vella, mariñeira, pirata, culta e delicada; sempre me semellou o centro do mundo. Rematei os estudos básicos no Covelo, nun colexio enorme que tiña de todo. Un profesor deunos unhas cativas follas voantes, que aínda conservo, para que as levásemos á casa en 1977. Era propaganda nacionalista para Eleccións Xerais co lema "Gobernemos nós a nosa terra!!!”, desde aquela sempre me sentín vinculado ao nacionalismo. Fixen o Bacharelato na húmida e bretemosa Ponteareas e, de volta, na Estrada. Na Universidade santiaguesa licencieime en Filoloxía
Hispánica, na especialidade de Galego-portugués; sendo estudante, fun bolseiro do Instituto da Lingua Galega e ampliei estudos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Aos vintetrés anos incorporeime á docencia do ensino medio, exercendo como profesor de Lingua Galega e Literatura nos institutos Santo Tomé do Freixeiro e Santa Irene de Vigo, do Ramón Cabanillas de Cambados e do IES de Cacheiras, do que fun secretario. A docencia foi compaxinada coa investigación, a escritura e os estudos académicos, como a realización da tese de licenciatura ou os cursos de doutoramento; na actualidade, ultimo a redacción da tese doutoral que se presentará en breve. ”
A título individual publicou A LITERATURA GALEGA NO EXILIO. CONSCIENCIA E CONTINUIDADE CULTURAL (Ed. do Cumio, 1995) e posteriormente LITERATURA NA DIÁSPORA BONAERENSE. ANTOLOXÍA (ASPG-A Nosa Terra, 1997). Pero o seu labor divulgativo verase ampliado en diferentes colaboracións e obras colectivas. Así comezará con “Aspectos fonéticos e morfolóxicos na obra de Castelao” (Actas do Congreso Castelao, Universidade de Santiago, 1989) en colaboración con Gómez Clemente e García Fonte. Máis tarde será autor da unidade “Literatura no exilio (II). O activismo cultural na diáspora bonaerense”, inserida na HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A Nosa Terra, 1996). E continuará con “A literatura galega no exilio” nos DIÁLOGOS NA CASA DE ROSALIA (Fundación Rosalía de Castro, 1999). Asimesmo será autor do prólogo e encargado da edición da obra de Emilio Pita POLOS CAMIÑOS DO POBO (Ed do Castro, 1999) e autor do limiar e da edición de POEMAS E CANTIGAS/RETESÍA (Espiral Maior, 2004) de Emilio Pita. Tamén serán asiduas as súas colaboracións con artigos varios en diferentes xornais e revistas, coma El Correo Gallego, La Voz de Galicia...
- MARTÍNEZ OCA, Xosé Manuel
Estamos perante un dos máis prolíficos autores da narrativa galega contemporánea. A súa primeira novela longa publicada foi UN ANO E UN DÍA (Ed. do Castro, 1980; Edicións Xerais de Galicia, 1990). Ese mesmo ano publicou A FUXIDA (Edicións Xerais de Galicia, 1980). No ano seguinte saíu publicada a súa obra A CHAMADA ESCURA DOS CABORCOS (Edicións Xerais de Galicia, 1981). No ano 1982 publicou A ESPADA NA AUGA (Ed. Castrelos, 1982). Noano 1983 acadou un dos máis sobranceiros premios das nosas letras, o “Eduardo Blanco Amor” coa novela BEIRAMAR (Edicións Xerais de Galicia, 1983) e tamén publicou este mesmo ano OS CHAPURROS (Ed. do Castro, 1983). Tras uns anos en que non publicou ningunha novela longa, no ano 1986 publica DETRAS DO SILENCIO (Sotelo Blanco, 1986), para continuar nos anos seguintes con ROI E OS SEUS AMIGOS (Ed. Casals, 1987) e AS FLORESTAS DO MAÑUEMA (Edicións Xerais de Galicia, 1988; A Nosa Tem, 1997). Tras outros anos de silencio sacará a novela OS CULPABLES (Vía Láctea, 1993) e no ano seguinte DIARIO DE INVERNO (Ed. Bahía, 1994) e VIOLANTE-A ALDEA MORTA (Ed. Nigra, 1994). No ano 1995 publicará NÁUFRAGOS EN TERRA (Edicións Xerais de Galicia, 1995; La Voz de Galicia, Col. Biblioteca Galega 120,2002). Dous anos máis tarde aparecerá TODO O PESO DO CEO (Edelvives, 1997). Tras outros tres anos, publicará o seu libro de viaxes DOS CAMIÑOS DE ARRIEIROS ÓS PAZOS DA ULLA (A Nosa Terra, 2(XX)). Ultimamente sacou á luz a obra O TEMPO EN NINGUNHA PARTE (Espiral Maior, 2003). Con todo, cómpre salientar que onde máis prolífico se amosou Martínez Oca foi en obras colectivas e de colaboración en conxunto con outros autores. Xa no ano 1975 Martínez Oca foi finalista do 1° Premio de narración curta “Pedrón de Ouro”, premio que posteriormente pasou a se coñecer como “Premio Modesto R. Figueiredo”, e así viu publicado o seu primeiro relato curto titulado “Un home no corral”, inserido na obra titulada CATRO NARRACIÓNS (Ed. do Cas tro, 1977). No 1978 o se u relato “A figueira” formará parte da obra NUMERO DE PATENTE (Ed. do Castro, 1978) e “No fondo do espello” da obra A FUNDICIÓN E OUTRAS NARRACIÓNS (Ed. do Castro, 1978). Neste mesmo ano acadará o 1° Premio da 4a Edición dos premios Modesto R. Figueiredo co relato titulado “A negra”, que posteriormente lle deu título á obra colectiva A NEGRA (Ed. do Castro, 1979). No ano 1981 o seu relato “Os lóstregos e a carballeira” sairá publicado na obra titulada PREMIOS CASA DE GALICIA DE LAS PALMAS (Edicións Xerais de Galicia, 1981). Este mesmo ano volve a se proclamar gañador do Premio Modesto R. Figueiredo na súa 7a Edición co seu relato “Noite de luar”, que se publicará posteriormente na obra A GRANDE NOVELA (Ed. do Castro, 1982). A continuación publicará o seu relato “As miñas relacións ca igrexa” na obra MEDUSA (Sotelo Blanco, 1984). Ata tres anos despois non volverá a publicar en obras colectivas, o que ocorrerá co seu relato “Monólogo do autor inédito”, que figurará na obra MONÓLOGOS (Sotelo Blanco, 1987). No ano 1989 sairá o seu “A pomba baixo da roda” na obra CADERNO DE VIAXE (Edicións Xerais de Galicia, 1989). No ano seguinte publicará “A ti, Laura” en O RELATO BREVE.1980-1990 (Edit. Galaxia, 1990) e “O artículo mortal” en SEDE CENTRAL (ClubeCultural Adiante, 1990). Noano 1991 verán a luz os seus relatos “Celso Emilio, aí está o imperio” en VOZ E VOTO (Patronato Curros Enríquez, 1991), “Patxi e Fuco” en OS CONTOS DA CAMPAÑA (3) (Xunta de Galicia, 1991) e “Desexo” en HOMENAXE A LAXEIRO (Galería de Arte Citania,1991). No ano seguinte publicou, en conxunto con Inmaculada Pellicer, a obra A CIDADE DO VENTO (Edicións do Cumio, 1992) e “Luz, vento, mar...” en A CORUÑA, ¡ASÍ A QUEREMOS! (Mesa pola Normalización Lingüística, 1992). Continuará con “Acisclo Manzano” en GALICIA HOXE, GALICIA SEMPRE-ACISCLO, QUESADA (Parlamento de Galicia, 1993). No ano 1995 publicará “Noite de luar” en MANUAL E ESCOLMA DO RELATO GALEGO (Sotelo Blanco, 1995). Acontinuación sairán á luz os seus relatos “O artigo mortal” en UNHA LIÑA NO CEO (Edicións Xerais de Galicia, 1996), “Un arrecendo de rosas” en BERRA LEBERDADE (Exiit. Galaxia, 1996) e “O médico de San Miguel” en MANUEL REIMÓNDEZ PORTELA NA LEMBRANZA (Ed. do Castro,1996). Seguirá co relato “Reencontro” na obra NOVO DO TRINQUE (Consello Comarcal do BNG, comarca de Santiago de Compostela, 1997). Xa neste século temos a publicación dos relatos “Castelao visto por un estradense” en CLÁSICOS E MODERNOS 2 (Departamento de Galego-portugués, Univ. da Coruña, 2000), “Dolmen” en MANUEL MARÍA (Asociación Cultural Xermolos, 2001) e “Contra a mentira e a ocultación” en ALMA DA BEIRAMAR (A Nosa Terra-AELG, 2003).
Tamén Martínez Oca foi autor de dúas traducións ao noso idioma, de PAULO E VIRXINIA (Edicións Xerais de Galicia, 1985) e MAIGRET NA ESCOLA (Vía Láctea, 1992).
Ademais Martínez Oca é un asiduo colaborador de diferentes xornais e revistas, como as revistas “Dorna”, “Man Común”, “Follas Secas”, “Escrita”, “Luzes de Galiza”, “Boletín Galego de Literatura”, “Madrygal”... e de xornais coma “El Ideal Gallego”, “La Región", “La Voz de Galicia”, “Diario 16 de Galicia”, “Faro de Vigo”, “A Nosa Terra”.
- MELLA VILLAR, Carlos
Conselleiro do Banco Hipotecario, conselleiro do Instituto de Planificación Contable e membro do consello de redacción de Economía Financeira Española. Tamén, durante cinco anos, foi profesor da cátedra de Economía Política na Universidade Complutense. Nese período foi premiado pola Fundación March polos traballos en col dos ciclos económicos.
No sector privado, foi presidente do consello de administración de “Carcesa”, de “Isodel-Sprecher” e de “Frigsa”. Conselleiro de “Forum Inmobiliario” e de “Latinoamericana de Financiación”.
Elexido Deputado ao Parlamento Galego, ocupou os cargos de Vicepresidente da Xunta de Galicia e Conselleiro de Economía. Abandonada a política activa, foi elexido Presidente da Asociación de Escritores en Lingua Galega.
A súa obra abrangue os campos da narrativa e do ensaio. No que respecta á narrativa, publicou NON SOMOS INOCENTES (Edicións Xerais de Galicia, 1990), O PROTOCOLO XAPONÉS (Edit. Compostela, 1992), BIEITO, BIEITO (Edicións Xerais de Galicia, 1993), COA PALLETA DISTRAÍDA (Espiral Maior, 1994) e LUCES DE FISTERRA (Espiral Maior, 1995). Canto ao ensaio temos A GALICIA POSIBLE (Edicións Xerais de Galicia, 1992) e A FALACIA DO ECONOMICISMO (Espiral Maior,1994). Finalmente publicou SORTE DO PAXARIÑO (2004).
- MOSQUERA CARBÓN, Xosé Manuel “XOSEME”
Pero será no Instituto de Bacharelato da Estrada (75-79) onde comezará a tomar en serio o seu interese pola literatura, á vez que esperta nel un profundo sentimento pola cultura galega en calquera que sexa a súa expresión. Neste periodo vive un feito que o marca: finaliza a “dictadura franquista” e chega o que el denomina “demosgratia”, que supón un paso adiante no afán de conseguir a liberdade de expresión que el tanto arelaba. Comeza a evolucionar dentro del unha personalidade de escritor e galeguista, que amosa (sempre que o cre conveniente) nun enfoque crítico da realidade social na que vive, pero tamén rexeita calquera feito de vincular a súa ideoloxía a un partido político. Nestes anos de bacharelato forxa as súas mellores amizades (un dos valores que el máis aprecia), case sempre ligadas ao gusto polas artes e pola cultura galega. Toma clases de guitarra e logra dar saída á súa vea musical no grupo da asociación cultural “Volvoretas”.
A finais do ano 1979 comeza os estudos universitarios na Escola Universitaria do Profesorado de EXB de Santiago de Compostela, co obxectivo de cursar os estudos de Pedagoxía ao rematar os primeiros. Será nesta época cando formará parte como membro da “Asociación Cultural A Estrada” e fundará, conxuntamente con tres amigos, o grupo de música folk “Penadona”.
Xa sabedor da grave enfermidade que padece, vive os últimos meses con intensidade, intentando aproveitar o tempo para calquera tipo de creación, ben sexa literaria, musical ou pictórica.
Deixando unha breve pero apaixoada creación, “afronta un cambio máis da súa vida” o 24 de Maio do 1982.
Xa nos seus derradeiros anos do bacharelato comezou coa súa actividade literaria colaborando na edición dun pequeno xornal estudantil, “Pingueira”, e escribe os primeiros relatos e poesía (a súa verdadeira paixón) xa a comezos do 1978. Tamén aquí comezarán as súas inquedanzas pola investigación do Castro de Barbude (A Estrada) co afán de buscar antecedentes da cultura celta na zona e de reflexalo nun pequeño manual. Nesta época de maduración da súa personalidade como autor, marcará nel un fito salientábel a figura do seu admirado Manuel García Barros, así como posteriormente Xosé Neira Vilas, chegando el mesmo a identificarse co seu Balbino. A súa admiración por García Barros verase acrecentada polos seus contactos cotiáns co fillo, David Ovidio García. Xa por aquela escribe unha pequena reflexión verbo da súa particular visión da morte, á que concibe como un cambio máis da vida que debemos afrontar con curiosidade. A súa etapa de estudante en Compostela será a máis intensa como escritor e tamén como músico. Nesta época coñecerá a Xosé Neira Vilas, a Xosé Manuel Martínez Oca, a X. Amancio Liñares Giraut, a Xosé V. Ferreirós (de “Milladoiro”), que incentivarán aínda máis os seus anceios literarios e musicais. Nestas datas dará saída á súa forte paixón literaria en forma de diversa poesía, relatos breves e artigos como colaborador no xornal “El Correo Gallego” e na revista literaria universitaria “Dorna”.
A súa obra poética será recompilada postumamente na obra homenaxe DAME A TÚA MAN (Ed. Fouce, 1999).
- NOGUEIRA PEREIRA, María Xesús
Despois da escola e o Bacharelato cursei Filoloxía en Santiago e actualmente traballo na Facultade de Humanidades de Lugo da USC, impartindo clases de Lingua e Literatura galegas.
Desde hai anos, escribo.
As máis das veces, intento explicar as palabras alleas: as dos poetas e os narradores da lingua que falo.
Tiven a sorte de participar en proxectos colectivos como “Letras de Cal”, “Augasverso”, “Informes de Literatura do CIRP” e, na actualidade, nas revistas “Dorna” e “Boletín Galego de Literatura ”, así como na sección LG3 doportal “culturagalega.org”.
Por veces escribo poemas, arríncome pouco a pouco as palabras, e vou tapando con elas osfuracos para que non entre ofrío. Outras, son elas, as palabras, as que veñen soas e me sorprenden. Mesmo hai días, os máis, nos que eu mesma preciso buscar un abrigo á calor das palabras dos outros.
Polo demais, a miña vida son recordos apegados un a outro. Unha infancia á beira dun río, os pasos da xente sobre a rúa mollada ”.
De xeito individual publicou OS OUTROS FEIRANTES, DE ÁLVARO CUNQUEIRO (Sotelo Blanco,1997) e ÁLVARO CUNQUEIRO. NARRATIVA CURTA. ANTOLOXÍA (ASPG-A Nosa Terra, 1997). Con todo, o seu labor con colaboracións en diferentes publicacións colectivas é moi salientábel. Cómpre sinalar a unidade titulada “A recuperación da narrativa en galego”, que forma parte da HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A NosaTerra, 1996). Tamén participou no “Congreso Álvaro Cunqueiro” co traballo “A estructura de Merlín e familia” (Xunta de Galicia, 1993). Outras das súas colaboracións máis senlleiras son: “A utilización da didáctica do corpus parateatral no estudio da literatura galega” en LINGUA, LITERATURA E ARTE (Universidade de Santiago de Compostela, 1997), “O país das naves e das flotas. Achegamento á presencia da cultura portuguesa na obra de Cunqueiro” en HOMENAXE A PILAR VÁZQUEZ CUESTA (Universidade de Santiago de Compostela, 1996), “A cscola de ben contar. Elementos da literatura popular no relato cunqueiriano de Asedios ó conto” (Universidade de Vigo, 1999), “Do fonema á paisaxe. O discurso metalingu'ístico na poesía galega dos noventa” en CINGUIDOS POR UNHA ARELA COMÚN. HOMENAXE A XESÚS ALONSO MONTERO (Universidade de Santiago de Compostela, 2000), “Poesía de fin de milenio. Os anos oitenta” en LITERATURA (Hércules Edicións, 2001), “Do vangardismo poético cunqueiriano. Apuntamentos sobre Soma de craridades” en HOMENAXE A FERNANDO R. TATO PLAZA (Universidade de Santiago de Compostela, 2002) e “A casa de Chachauí. Aproximación a Cantos Caucanos'' en AVILÉS DE TARAMANCOS (Universidade de Santiago de Compostela, 2003).
Asimesmo son numerosas as súas colaboracións en revistas coma “Boletín Galego de Literatura”, “Revista Galega do Ensino”, “A NosaTerra”, “Unión Libre”, “Doma”, “Anuario de Estudios Literarios Galegos”, “Festa da Palabra Silenciada”, “Moenia”, “Madrygal”, “Matacán”, “Olisbos”, “Augasverso”... Tamén foi autora do “Limiar” á obra de Carlos Solla TERRAS RARAS (Acef-Arte Tripharia, 2001).
- NÚÑEZ GESTOSO, Manuel
Ten publicados dous ensaios, un titulado AS FAMILIAS DA AVIFAUNA GALEGA (Imprenta Gráficas Lomba, 1985) e outro, un tratado de apoloxética, titulado VERDADES DA NOSA FE (Artes Gráficas Dayro, 1998). Moitos poemas seus foron inseridos en diversas publicacións. Tamén cómpre salientar que dúas obras súas no noso idioma aínda permanecen no anonimato: LEMBRANZAS DO CORPIÑO e HISTORIA DE SANTA CRISTINA DE VINSEIRO.
- OGANDO VÁZQUEZ, Xulio Francisco
Son moitas as súas colaboracións en traballos publicados nos máis variados medios. Presentou a ponencia “R. Otero Pedrayo, orador” nas XORNADAS DE OTERO PEDRAYO, tamén colaborou nas XORNADAS DE ALFREDO BRAÑAS, así coma tamén coa súa ponencia “Realidade e fantasía en La catedral y el niño” nas XORNADAS SOBRE BLANCO AMOR.
- OTERO ESPASANDÍN, Xosé Roxelio
Finou, sen voltar á súa terra, en Outubro do 1987.
A súa estadía en Ribeira marcará o seu pensamento e a súa liña literaria. Será polos anos 1923-24 cando comezará a colaborar na prensa viguesa: “Galicia” e “Faro de Vigo”, e asimesmo no xornal de Portela Valladares, “El Pueblo Gallego”. Tamén a partir do 1926 os seus poemas van aparecer na revista “Nós”. Aquí sairá parte do seu poemario “non nato” “ALFABETO”. No 1928 fará o “Limiar” ao libro póstumo do seu amigo Amado Carballo, “O Galo”.
No 1935 pasou a dirixir a revista P.A.N. (Poetas Andantes Navegantes), revista que estaba baixo o patrocinio de Eduarto e Rafael Dieste, e coa eolaboración de galegos radicados na capital. En Buenos Aires colaborará nos máis variados xomais e revistas, destacando unha maxistral serie de 24 artigos en col das aves. No 1943 fará a introdución á obra do Padre Sarmiento “Estudio sobre el origen y formación de la Lengua Gallega”. A partir do 1949 Francisco del Riego dá co seu paradoiro americano e pídelle materiais para o proxecto da Editorial Galaxia, e así colaborará para a ocasión con cinco poemas e co seu “Pico de Castrodiz”, para a escolma da poesía galega, algo que o vai recuperar para o galeguismo cultural como autor na nosa fala. Volverá a retomar contacto coas letras galegas no 1982, por mor do pasamento de Rafael Dieste, xa que Otero colaborou, trala petición da revista Grial, co seu fermoso “Pranto in memoriam de Rafael Dieste” e unha “Apoloxía”. Rematará a póstuma homenaxe ao seu gran amigo Dieste con “Cuentos que me contó Dieste" (Ed. do Castro, 1984).
- OTERO FERNÁNDEZ, David
Participa en actividades de Colectivos de Renovación Pedagóxica nas áreas de Lingua Galega, Animación á Lectura e Psicomotricidade. Formou parte do equipo redactor dos “Programas de Lingua e Literatura Galegas” para o ensino non universitario. Foi Director da Colección “Árbore” de Literatura Infantil da Editorial Galaxia. Na actualidade imparte docencia no IES n° I da Estrada.
Trátase dun autor que ten publicacións pertencentes a todos os xéneros. Así temos que en Literatura Infantil e Xuvenil publicou as seguintes obras: COUSAS PARA FACER, DICIR E PENSAR (Edit. Galaxia), O ALBENDAR DOS ANIMAIS (Edit. Galaxia), POR SE CHE PASA (Edit. Galaxia), A VERDADE NA BUFARDA (Edit Galaxia), CHANO (Edit. Galaxia, 1993) e CONTOS DEIR E VOLVER (Ir Indo).
Polo que atingue á poesía, publicou PARA ISO ESTÁ O FUTURO (Ed. Fervenza, 2003).
Tamén son varios os seus ensaios biográficos en col de diferentes persoeiros da nosa cultura. Así temos: CASTELAO, CORENTA ANOS DESPOIS (Ed. do Castro), A VIDA DE RAFAEL DIESTE (Edit. Galaxia,1995), A VIDA DE XESÚS FERRO COUSELO (Edit. Galaxia, 1996), A VIDA DE DON ELADIO RODRÍGUEZ GONZÁLEZ (Edit. Galaxia, 2001) e CASTELAO (Ir Indo). No que respecta á Didáctica da Lingua Galega, publieou ¿QUE FACER COAS PALABRAS? (Edit. Galaxia, 1991).
No eido da narrativa, publicou CASTROMIL NO ESPELLO DE COMPOSTELA (Ir Indo).
E finalmente tamén se estreou no campo do teatro coa obra O CIRIDONIO (Ed. Fervenza, 2004).
Asimesmo as súas amplas colaboracións tamén están presentes en moitas obras colectivas. Así temos nas seguintes obras: CONTOS DA XUSTIZA (Ir Indo), MANUEL DANIEL VARELA BUXÁN. PATRIARCA DO TEATRO GALEGO (Seminario de Estudios Deza, 2000), POLOS CAMIÑOS DA LITERATURA (Pen Clubc Galicia-Xunta de Galicia), MANUEL REIMÓNDEZ PORTELA NA LEMBRANZA (Ed. do Castro, 1996), UN FUTURO PARA A LINGUA (Xunta de Galicia), MANUEL MARÍA (Ophiusa), TERRITORIO AURORAL (Consorcio de Santiago de Compostela), ACTAS CONGRESO CASTELAO (1986-2000) (Fundaeión Castelao-Xunta de Galicia), ACTAS CONGRESO ELADIO RODRÍGUEZ GONZÁLEZ (Xunta de Galicia), MENIÑOS (Xunta de Galicia), DEZ ANOS CREANDO ILUSIÓNS (Centro Xuvenil Don Bosco), E DIXO O CORVO (Hospital Xeral de Galicia-Xunta de Galicia), CONTOS PARA NENOS (Citania), CONTOS DE LER E CONTAR (Xunta de Galicia), NARRADIO, 56 historias no ar (Ed. Xerais de Galicia), HOMENAXE POÉTICA AO TROBADOR XOHÁN DE REQUEIXO (Ed. de Xosé Méndez e X. Lois García) e na VI FORXA LITERARIA (Seminario de Estudios Deza, 2003).
Tamén son cotiás as súas colaboracións en diferentes xornais coma: “El Correo Gallego”, “O Correo Galego”, “Revista Galega de Educación”, “Fadamorgana”, “Faro de Vigo”, “La Voz de Galicia”...
- OTERO RODRÍGUEZ, Fátima Antía
“Eu aínda rton estou cansa de ser valente. Por iso escribo efálovos de min, daquelas que tecen de noite cando todos dormen... Empadroáronme na Estrada un catorce (anque na realidade nacín un quince) de setembro do ano 82. Dende aquela ata hoxe a miña vida estivo marcada polas costureiras. Son unhas figuras que me emocionan porque dalgún xeito reflexan a miña infancia. Fanme lembrar días de outono e xordeira. Olladas a través do vidro, mentres as pingas da chuvia botaban carreiras nos cristais e eu agardaba a Godot sentada no medio do bocadillo.
Sons de Sínger e veciñanza no barrio alto do meu pobo... Non sei se garda algún tipo de relación pero, en pouco tempo, os meus pelos convertéronse en novelos de fío crecho.
Nos primeiros tempos botei os dentes na aldea. Os castiñeiros do Colexio do Foxo e os sachos dos meus avós nos montes de Codeseda fixeron que me acollese á terra, á lingua de Cabada e Maripepa de San Picallo, ás bestas que cruzan as estradas cando ninguén as mira.
Sinto á aldea e ás miñas mulleres. As que me precederon na escrita e na vida. As silenciadas que non saíron nafoto, nin puideron asinar co seu nome. Av que hoxe aínda segan toxos e berran dende os tractores coma en campos de fútbol... A elas, que son eu, adícolles os meus versos dende que comecei a encher osfolios.
Foi nos dous colexios nos que estudei e máis tarde no instituto, onde comecei a gañar os primeiros certames literarios. Xurdiron entón recitais e vermes que medraban dentro para non deixar que a actividade minguara.
E o son da Sínger soaba...
Na actualidade estudo Historia da Arte na Universidade de Santiago de Compostela e fórmome, con entusiasmo, nunha escola de teatro. Por suposto sigo a escribir, anque sexa ós poucos e moitos dos papeis rematen no lixo.
Os domingos seméllanme días tristes. Daquela remexo entre as pedras e as frangullas que ftcan no fondo das caixas de galletas. Tento levar sempre na mente a imaxe daquela foto na que un día sen bombas aparecemos rindo...”
Os seus poemas e relatos curtos comezaron a xurdir da súa pluma xa nos tempos de estudante e comezou a gañar moitos certames reservados para estudantes. Os seus primeiros poemas comezaron a se publicar na “Folla Voandeira” “Augas Verso” publicada pola Fundación Cultural da Estrada. O seu primeiro libro será O SON DA XORDEIRA (Espiral Maior, 2003). No ano negro do 2003 colaborará nos libros “NEGRA SOMBRA. INTERVENCIÓN POÉTICA CONTRA A MAREA NEGRA” (Espiral Maior-Edicións Xerais de Galicia, 2003) e “SEMPRE MAR” (Plataforma Burla Negra). Asimesmo no ano 2003 resultou gañadora do Premio de Poesía Francisco Añón, convocado polo Concello de Serra de Outes co poemario “De porta un horizonte”. Tamén é colaboradora co suplemento cultural dominical “Sobrevivir” de “El Correo Gallego”.
- PAI SOAREZ DE TAVEIRÓS
Consérvanse deste trobador quince cantigas das cales dez son “cantigas de amor”, tres “cantigas de amigo” e dúas “ten^ó”, unha que mantén co seu irmán Pero Velho e outra con Martin Soarez. A maior parte delas fíguran no Cancioneiro de Ajuda.
- PEREIRA GONZÁLEZ, Dionisio
A súa andaina literaria comezou coa publicación de A CNT NA GALICIA (1922-1936) (Ed. Laiovento, 1994) para, despois duns anos, volver con GALEONS DE AROUSA (Grupo Etnográfico “Mascato”, 1996 e 1997), SINDICALISTAS E REBELDES (A Nosa Terra, 1998) e continuou con IMAXES DA FATIGA. CRÓNICA GRÁFICA DO TRABALLO NA GALIZA (A Nosa Terra), O PATRIMONIO MARÍTIMO DE GALICIA (Federación Galega pola Cultura Marítima, 2000 e 2003), O ASOCIACIONISMO DOS PESCADORES NA GALIZA DE ANTEGUERRA: Unha ollada de conxunto (Ateneo Libertario “Ricardo Mella”, 2001 e 2004), APUNTES PARA A HISTORIA DUNHA SOCIEDADE OBREIRA E MARIÑEIRA: “La protección obrera de Porto do Son” (Concello de Porto do Son, 2003) e rematar, polo de agora, co ensaio en col do cerdedense XOSE OTERO ESPASANDÍN. VIDA E PENSAMENTO DUN CERDEDENSE DESTERRADO (Asociación Ecoloxista e Cultural de Terra de Montes “Verbo Xido”, 2004).
Pero tamén temos que considerar a súa actividade colaboracionista en múltiples obras conxuntas. Así temos, “Crise económica e loitas sociais na Galicia republicana” en MOVEMENTO OBREIRO EN GALICIA: CATRO ENSAIOS (Ed. Xerais de Galicia, 1990), “Asociacionismo e conflictividade mariñeira (1870-1936) e asimesmo o “Limiar” á obra OS CONQUISTADORES MODERNOS: Movemento obreiro na Galicia de Anteguerra (A Nosa Terra, 1992), “Os montes veciñais en man común e o agrarismo de anteguerra” en O MONTE COMUNAL NA GALICIA CONTEMPORÁNEA. UNHA HISTORIA DE RESISTENCIA (Ed. Fouce, 1999), “Proletariado e loita de clases na Galiza de anteguerra” en TEMPOS DE SERMOS. GALICIA NOS SÉCULOS CONTEMPORÁNEOS (Universidade de Vigo, 2002) e “Só viñeron a matar e roubar: o alzamento fascista na bisbarra Frieiras” en O CAMBEDO DA RAIA. SOLIDARIEDADE GALEGO-PORTUGUESA SILENCIADA (Asociación Amigos da República, 2004). Tamén cómpre salientar a obra O ANARQUISMO NA GALIZA. APUNTES PARA UNHA ENCICLOPEDIA (Ed. Positivas, 2004), en colaboración con Eliseo Fernández.
- PEREIRA VALCÁRCEL, Manuel
Practicamente toda a súa obra está inmiscida dentro do ámbito lírico, e así no ano 1990 atopámonos perante a súa primeira obra POEMAS DE CINZA (Do autor, 1990). Tardará inda uns cantos anos en volver a publicar, feito que ocorrerá con TODO MORTE (Río Xuvia Edicións, 1998), para continuar con ROSA ÍNTIMA (Espiral Maior, 2000), INVENTARIO DE FRAGMENTOS (Libr. Follas Novas), e LIBRO DAS VIAXES (Litoral das Rías, 2003). Verbo de colaboracións súas atopamos coa súa colaboración na obra ANTIFADA (Fundación Araguaney, 1989 e 2003). Asimesmo colaborou en HOMENAXE A MIGUEL GONZÁLEZ GARCÉS (Exma. Deputación da Coruña, 1991). Tras varios anos volverá a aparecer unha colaboración súa titulada “Tres cantigas” na obra COMERCLAL (Río Xuvia Edicións, 1998). A partir de aquí pezas súas en obras colectivas xa van ser máis cotiás e así temos “Dicir o teu nome” na obra MULLER DE DOCE SAL. HOMENAXE AINÉS CANOSA (VTP, 2001); tamén na obra EN TRÁNSITO. POESÍA GALEGA EN MADRID (Ed. do Castro, 2001), obra que coordinou xunto con Vicente Araguas; “Vel-ahí-vén” en 47 POETAS DE HOXE CANTAN A CURROS ENRÍQUEZ (Edicións Xerais de Galicia, 2001); “Viaxe de regreso” en O TRAZO ABERTO (Exma. Deputación Provincial de Pontevedra, 2002) e, finalmente, unha selección da súa obra en 25 ANOS DE POESÍA GALEGA 1975-2000 (II) (La Voz de Galicia,
2002).
Tampouco a súa pluma lle fuxiu á narrativa, especialmente ao relato curto, como se pode observar en “Día de Inverno”, inserido na obra 9° CONCURSO DE CUENTOS GALAICO-LEONESES (Casa de Galicia de León, 1992), co que gañou o certame na súa novena edición; “Ao outro lado” en DEIXADE POIS QUE VOE O PAPORROIBO, QUE NOS CONTE CONTOS (Edicións
O Paporroibo, 1999) e “Sobremesa” na obra A TEMPO DE FAIOS (Ed. do Castro, 2001), co que acadou un accésit ao XXV Premio Modesto R. Figueiredo do ano 1999.
Tamén é un asiduo colaborador en diferentes medios de prensa escrita, coma “Encrucillada”, “Luzes de Galiza”, “Contrarretranca”, “A Freita”, “Tabeirós Terra”, “O Correo Galego”...
Nas convocatorias dos anos 1999 e 2000 obtivo mencións de honor no concurso xornalístico “Manuel Reimóndez Portela”.
- PERO VELHO DE TAVEIRÓS
Da súa autoría soamente se conserva unha “tengó” co seu irmán, Pero Velho, que apareceu no Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa co número 142, que comeza así: “Vi eu donas en celado...”
- PIÑEIRO MARTÍNEZ, Luciano Manuel “Chano Piñeiro”
En vida viu publicada a súa obra CONVERSAS CO VENTO (Aba Edicións, 1994), onde se recollen os artigos que escribía dende había tempo no xornal “Faro de Vigo”.
Postumamente publicouse A LUZ DUN SOÑO E OUTROS TEXTOS DE CINE (Centro Galego de Artes da Imaxe, 1995).
- PORTA MARTÍNEZ, Paulo
Entre outras actividades culturais, formou parte en 1982 do grupo estradense de música galega “Penadona”, xunto con Xoseme Mosquera, Xan Herrera e Lois Torres; participou na creación do boletín de literatura galega “Matacán” (84-85) e presidiu a “Asociación Cultural A Estrada”, baixo cuxa dirección se celebrou no 1987 o “I Simposio de Literatura Galega Estradense”, adicado especialmente aos irmáns Valladares, Cabada Vázquez e García Barros. A súa obra individual é case toda froito dos seus diversos estudos en col da obra de guerra de artistas galegos coma Castelao ou Arturo Souto e dos seus traballos verbo da imaxe dixital. Así temos: 1937, CASTELAO E SOUTO EN VALENCIA (Ed. do Castro, 1985), ARTURO SOUTO (Biografía) (A Nosa Terra, 2002), A GUERRA DE ARTURO SOUTO (A Nosa Terra, 2002), e TRATAMENTO DIXITAL DAIMAXE (Ed. Fouce, 1999), FOTOGRAFÍA EIMAXE DIXITAL (Edicións Lea, 2003).
Como co-partícipe en edicións colectivas temos: “Dúas teses para a valoración da evolución estética de Castelao” en CONGRESO CASTELAO (Universidade de Santiago de Compostela, 1989); “A Guerra Civil” na mostra antolóxica ARTURO SOUTO (Fundación Barrié de la Maza, 1997) e “Arte en loita” no Congreso CASTELAO. CO PENSAMENTO EN GALIZA (Concello de Pontevedra-ASPG-Universidade de Vigo, 2001).
Asimesmo temos que salientar que foi o editor da obra de homenaxe póstuma a Xoseme Mosquera, DAME A TÚAMAN (Ed. Fouce, 1999).
Tamén cómpre termos en conta o seu labor como deseñador maquetador e ilustrador de diferentes obras. Así temos que ilustrou as portadas de INSTITUTO XELMÍREZ. PASADO E PRESENTE (1845-1995) (Deputación Provincial da Coruña, 1997), COS PÉS NA TERRA de
Xose R. Freixeiro Mato (Ed. Fouce, 1999) e das I XORNADAS DE INNOVACIÓN EDUCATIVA XOSÉ CALVINO (Xunta de Galicia, 2000). E deseñou e maquetou AXENDA ESCOLAR I.B. XELMÍREZ (cursos 00 01 e 01-02); actas do Congreso CASTELAO. CO PENSAMENTO EN GALIZA (Concello de Pontevedra- ASPG-Universidade de Vigo, 2001) e actas do Congreso LINGUAS NON NORMALIZADAS. PRESENTE E FUTURO (Universidade de Vigo-ASPG, 2002).
- RAPOSEIRAS CORREA, José
- REI ROMEU, Manuel
Xa nos seus tempos de estudante de Bacharelato no Instituto da Estrada obtén os primeiros premios en concursos de narrativa, publicando algúns relatos en revistas e xornais. Pero nos seus tempos de estudante universitario comeza con pequenas contribucións en publicacións colectivas sobre Curros Enríquez, Ramón Cabanillas e Celso Emilio Ferreiro. Ao longo de máis dunha década centra os seus esforzos na análise da obra literaria e política de Castelao, referente que figurará para a súa obra ensaística. Así publicou ARTE E VERDADE. A obra literaria de Daniel Castelao (Ed. do Cumio, 1991), CASTELAO E SEMPRE EN GALIZA (Laiovento, 1996), ALFONSO DANIEL CASTELAO (A NosaTerra, 1999), CASTELAO: DESTA TERRA, DESTE TEMPO (Consello da Xuventude de Galicia, 2000) e tamén dúas antoloxías do mesmo autor: A NARRATIVA DE CASTELAO. ANTOLOXÍ A (ASPG-A Nosa Terra, 1997) e SEMPRE EN GALIZA (A Nosa Terra, 1997). Asimesmo l'oi un dos integrantes do comité científico encargado da publicación da HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A Nosa Terra, 1996). Tamén colaborou na obra MTERATURA GALEGA. SÉCULO XX (A Nosa Terra),e en LITERATURA GALEGA: DAIDADE MEDIA AO SÉCULO XIX (A Nosa Terra, 2002) en conxunto con Flvira Roiz Mesías. Ademais desenvolve un intenso labor ao longo dos anos impartindo charlas por toda a nosa xeografía en Concellos e Centros de Ensino, participando en Congresos, Seminarios, Xornadas...
- REIMÓNDEZ PORTELA, Manuel
o pre-estatuto de Galiza. No 1980 foi premiado coa “Medalla de Prata ó Mérito Turístico”. Entre os anos 1983 e 1987 foi Alcalde do Exmo. Concello da Estrada. Finou no ano 1994. No ano 2004 o Exmo. Concello da Estrada adica o ano á súa memoria.
A súa principal obra en galego é ensaística. Así temos: en conxunto con outros protagonistas dos traballos en col do Pre-estatuto de Autonomía, saíu á rúa O ESTATUTO DOS 16 (Edit. Galaxia, 1979), e xa a título individual publicou A RAPA DAS BESTAS (Exma. Deputación Provincial de Pontevedra, 1980), CRUCEIROS E CRUCES DO NORDESTE DA PROVINCIA DE PONTEVEDRA (Exma, Deputación Provincial de Pontevedra, 1986), o folleto MARCAS DE CANTEIROS DA DESAPARECIDA TORRE DA BARREIRA (Exma. Deputación Provincial de Pontevedra, 1986) e A ESTRADA RURAL (Exma. Deputación Provincial de Pontevedra, 1990). A súa última obra publicada en galego será unha recompilación de relatos, anécdotas... da súa vida profesional adicada a ser médico so o título de UN MÉDICO NA ALDEA (Ed. do Castro, 1992). Tamén cómpre subliñar a colaboración titulada “A Estrada descoñecida: as pedras” (Colexio Público do Foxo, 1986).
- REY CASTELAO, Ofelia
É directora da revista “Obradoiro de Historia Moderna” dende o ano 1991.
- REY CHAO, Manuel Anxo
No ano 1974 constitúe, xunto con outros mestres, un grupo de renovación pedagóxica que promoverá, anos despois, a creación do Movemento Cooperativo da Escola Popular Galega, xerme dos actuais Movementos de Renovación Pedagóxica de Galiza.
Foi membro do Consello Escolar de Galiza e tamén formou parte do Equipo de Formadores en Didácticas Específicas que elaborou o Plan Galego de Formación Continuada do Profesorado de Niveis non Universitarios e exerceu como Director do Centro de Formación Continuada do Profesorado de Santiago de Compostela durante oito anos.
Durante o ano 1983 formou parte da Comisión Organizadora do 1° Congreso de Movementos de Renovación Pedagóxica de España, que se celebrou en Barcelona. Nas primeiras eleccións municipais da democracia foi concelleiro na Estrada. Actualmente exerce de Mestre.
Ten publicada unha obra narrativa titulada TEMPOS NO ESPELLO (Tórculo Edicións, 1993) e varios ensaios en col dos diferentes aspectos do ensino. Así temos: A REFORMA EDUCATIVA. CLAVES PARA UNHA ANÁLISE (Tórculo Edicións, 1991), GUÍAS PARA A ELABORACIÓN DE PROXECTOS CURRICULARES DE EDUCACIÓN PRIMARIA E EDUCACIÓN SECUNDARIA OBRIGATORIA (Tórculo Edicións) e A PLANIFICACIÓN DA FORMACIÓN PERMANENTE DO PROFESORADO NA COMUNIDADE AUTÓNOMA DE GALICIA (Tórculo Edicións).
Tamén é autor, en conxunto con outros autores, de libros de texto de Lingua Galega e as súas guías didácticas para o ciclo medio de Primaria (Edit. Galaxia-S.M.) e tamén o libro de texto de Ciencias Sociais de 1° de ESO e a guía correspondente (Edit. Galaxia-S.M.).
Asimesmo é un asiduo colaborador con artigos referentes ao ensino en “La Voz de Galicia” e “El Correo Gallego” coma: “O texto libre: páxina de pedagoxía”, “A creatividade literaria na Educación Xeral Básica”...
- RIVAS TROITIÑO, Xosé Manuel
A súa primeira obra publicada foi O GAITEIRO I)E SOUTELO. UNHA ESPRESIÓN DA CULTURA
POPULAR (Xunta de Galicia-Concello de Forcarei, 1977; 2000) e continuou con CONVERSAS CON XOSÉ LUÍS BARREIRO RIVAS (SEPT, 1983). Tamén é un asiduo colaborador en diferentes xornais coma Faro de Vigo, El Ideal Gallego...
- RODRÍGUEZ FRAIZ, Salvador Antonio
Foi mcmbro do Instituto Padre Sarmiento (Sección de Xeografía e Historia) e cofundador do Museo do Pobo Galego e do seu Padroado, membro do Pedrón de Ouro, da Comisión Diocesana de Arte da Arquidiócese de Santiago e cronista oficial da Terra de Montes. Finou no ano 1995.
Son numerosas as obras saídas da súa pluma ao longo da súa vida, en galego e en castelán.
En galego temos: VIRXILIO BLANCO. LEMBRANZA (Impr. Paredes, 1975); CANTEIROS E ARTISTAS DE TERRA DE MONTES E RIBEIRAS DO LÉREZ (Portela, 1982) e AS PONTES DO LÉREZ (Xunta de Galicia, 1987). Asimesmo cómpre reseñar a súa colaboración “Virxilio Blanco Cíarrido. Notas biográflcas” na obra VIRXILIO BLANCO (1896-1948). BIENAL DE ARTE DE PONTEVEDRA (Exma. Deputación Provincial dc Pontcvedra, 1994). Tamén colaborou en revistas coma “Compostellanum”, “Vieiros”, “Cuadernos de estudios gallegos”...
- RODRÍGUEZ RIBEIRA, Bernardo
A súa pluma elaborou dos máis variados relatos e mligos espallados en diferentes xornais e revistas da época. Estes relatos e artigos serán recolleitados por D. Olimpio Arca Caldas na obra BERNARDO RODRIGUEZ RIBEIRA: l'.MIGRANTE SOBRANCEIRO (Fundación Cultural da Estrada, 2002).
- ROZADOS RIVAS, Francisco “Rochi”
Forcarei e bisbarra van ser o mundo recorrente da súa obra. Así no ano 1991 elabora para o Concello de Forcarei unha guía cultural e turística titulada FORCAREI, NO BERCE DO UMIA E DO LÉREZ. No ano 1998 funda a revista cultural “Cotaredo”, unha revista de tirada anual na que levan escrito os máis sobranceiros representantes da nosa cultura. No ano 1999 publicará no xornal “Faro de Vigo”, no que colabora habitualmente coa columniña “Ecos metacios”, as biografías de Chano Piñeiro e do Gaiteiro de Soutelo en banda deseñada, coa colaboración do debuxante Bofill. No ano 2000 publica unha guía xeográfica, histórica e artística titulada TERRA DE MONTES (edit. Everest, 2000). No verán do ano 2001 gaña a VI edición do premio xornalístico “Manuel Reimóndez Portela” por un artigo publicado no xornal “La Voz de Galicia”, xornal no que colabora co espacio “A miña l'usadela”. En Novembro do ano 2001 gaña a XII edición do premio de narrativa “Camilo José Cela” por un relato titulado “Unha campa na congostra de Rebordechao”, galardón que non gañaba un galego dende a súa VI edición. No ano seguinte publicará MEMORIA DE TRASDOMONTE (Edicións Fervenza, 2003) e a biografía de CHANO PIÑEIRO (Edicións Fervenza, 2003). Na actualidade acaba de publicar un libro sobre O MOSTEIRO DE SANTA MARÍA A REAL DE ACIVEIRO (Edit. Edilesa, 2004).
- SANMARTÍN REI, Anxos
Publicou as obras ANÁLISE PRÁCTICA. CÓDICE CALIXTINO. LUZ POZO GARZA (Sotelo Blanco, 1994), A VANGARDA. DE CATRO A CATRO. MANUEL ANTONIO. ANTOLOXÍA. MANUEL ANTONIO. ÁLVARO CUNQUEIRO (ASPG-A Nosa Terra, 1997) e LONGA NOITE DE PEDRA. CELSO EMILIO KERREIRO (ASPG-A Nosa Terra, 1997). Tamén colaborou coas unidades “O vangardismo: Manuel Antonio e Álvaro Cunqueiro” e “Un momento crucial: Longa noite de pedra de Celso Emilio Ferreiro” na HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (ASPG-A Nosa Terra, 1996)
- SANMARTÍN REI, Goretti
Profesora de Lingua e Literatura galegas do Instituto de Idiomas da Universidade de Santiago e de ensino secundario en Santiago de Compostela, A Pobra do Caramiñal e Boqueixón; é na actualidade profesora Titular de Universidade na área de Filoloxía Galega e Portuguesa do Departamento de Gaiego-Portugués, Francés e Lingüística da Universidade da Coruña, institución en que nestes momentos dirixe o Servizo de Normalización Lingüística.
Publicou as obras O TEATRO DE XAN DA COVA (LA GALICIANA E MARÍA PITA) (Biblioteca-Arquivo Teatral F. Pillado Mayor, 2002), LENDO NAS MARXES. LINGUA E COMPROMISO NOS PARATEXTOS (1863- 1936) (Espiral Maior, 2002) e OS (PRE)TEXTOS GALEGOS (1863-1936). ESTUDIO E ESCOLMA DOS PRÓLOGOS (Sotelo Blanco, 2002). É coautora de varios libros de texto realizados baixo a supervisión da Asociación Socio-Pedagóxica Galega e todos eles publicados por “Promocións Culturais Galegas”. Así temos: “Lingua e Literatura 1° ESO” (1996), “Lingua e Literatura 2° ESO” (1997), “Lingua e Literatura 3° ESO” (1999), “Lingua e Literatura 4° ESO” (1999) e “Lingua 1" bacharelato” (1999). Ademais colaborou coa unidade “A prosa didáctica” na HISTORIA DA LITERATURA GALEGA (AS-PG-A Nosa Terra, 1996) e tamén realizou a ANTOLOXÍA DA PROSA DIDÁCTICA. SÉCULO XX (AS-PG-A Nosa Terra). Escribiu o artigo “O estilo de Ramón Otero Pedrayo”, en colaboración con Carme Fernández, publicado en ESTUDOS DEDICADOS A RICARDO CARVALHO CALERO (Parlamento de Galicia/Univ. de Santiago de Compostela, 2000). Realizou, en colaboración con Mª Pilar García Negro, a “Edición, introdución e notas” á obra de Ramón Vilar Ponte O FEITO LINGÜÍSTICO GALEGO (AS-PG, 2001). Asimesmo, en colaboración con Manuel Ferreiro, realizou a “edición, introdución e notas “da obra de Ramón Cabanillas A VIRXE DO CRISTAL. LENDA DE CURROS ENRÍQUEZ AXEITADA PARA ÓPERA
(Biblioteca-Arquivo teatral F. Pillado Mayor, 2002). Ademais escribiu o artigo “O agoiro profético dos novos tempos: reflexións sociolingüísticas nos prefacios de Ribalta” para a HOMENAXE AO PROFESOR PÉREZ RIESCO (Universidade da Coruña, 2002).
- SANMARTIN SOBRINO, Maximino
Pero un é ben mandado e atéñome.
Son Maximino Sanmartín Sobrino. Nacín na Estrada no ano 1926. Cando aínda non cumprira os dez anos asistín, asustado, ás primeiras convulsións da Guerra Civil, da chamada Guerra Civil. Coido que dende aquela quedaron definidas as miñas tendencias políticas.
Comecei cedo a escribir versos -falo de versos, que non de poesía- aos dez ou doce anos, cunha precocidade que soamente marcaba unha vocación e, se acaso, unha facilidade.
Dende entón, ininterrumpidamente, aínda que pode que con laspus de lustros ou de décadas, seguín escribindo ata hoxe e publiquei seis libros de poemas. Teño unha certa escravitude da rima e unha grande fidelidade ao soneto.
Acúsanme, e con razón, de que a facilidade para versificar é a miña inimiga e que debese castigala máis. Estou totalmente dacordo; pero trato de autoxustificarme con que a vida de traballo, dende a emigración ata hoxe, tiveron as miñas prioridades, o que pode que non fose acertado.
No ano 1995, cos setenta a caer, outórgaseme o “Primer Premio de Poesía El ltnán ” e publícase o meu primeiro libro, no que se recolleron versos escritos dende os dezasete anos. E xa de corrido publiquei outros, en todos eles alternando español e galego, salvo o último só en galego.
Dirixín “...y cinco minutos para la poesía”, en Televigo, con máis de cen programas emitidos. ”
As súas obras son singulares xa que nelas soen convivir os dous idiomas: o galego e o español, aínda que en case todas predomine este último. Comezou coa obra SOMBRA DE UN ÁRBOLSIN HOJAS (Ed. Guimarey Puente, 1995), onde cada un dos diferentes apartados da obra comeza cun poema en galego para lles dar paso aos poemas en español. A continuación publicou REFLUXOS (Ed. Guimarey Puente, 1999), que é a súa obra escrita integramente en galego (só hai un poema en español). Neste mesmo ano publicará ANTROPOLOXÍA POÉTICA (Ed. Guimarey Puente, 1999), onde o seu último apartado titulado “Na miña lingua" estará reservado exclusivamente ao galego. E finalmente publicou SONETOS Y SONATAS (Ed. Guimarey Puente, 2000), onde aparecerán inseridos algúns poemas en galego.
- SOLLA VARELA, Carlos “Calros Solla”
Como directorde actividades de tempo libre, participou no desenvolvemento de numerosos proxectos culturais, entre eles a fundación do Museo das Raposeiras, fermosa mostra do acervo material e espiritual do país. É membro da “Asociación Ecoloxista e Cultural Verbo Xido de Terra de Montes”.
A súa obra está enmarcada entre o ensaio e a poesía. Polo que respecta ao ensaio, publicou CERDEDO. Materiais para o estudio da Freguesía de San Xoán de Cerdedo. Inventario Xeral (Ed. Cardeñoso, 2002) e CERDEDO NA OBRA DO PADRE SARMIENTO (Asociación Ecoloxista e Cultural “Verbo Xido” de Terra de Montes, 2002). Canto á poesía, xa comeza dende moi xove a escribir e así xa no ano 1992 é recoñecida a súa valía ao ser dccretado gañador do certame poético-narrativo organizado pola Facultade de Filoloxía da Universidade de Vigo. A súa primeira obra será XÁBREGHO (Edicións Río Xuvia; Col. O Roibén, 1999), para continuar con MEL DE ARAÑAS (Ed. Cardeñoso), TERRAS RARAS (Acef-Arte Tripharia, 2001), RAS E TRITONGOS (Ed. Cardeñoso, 2003) e CERDEDO IN THE VOYAGER I (Ed. Cardeñoso, 2004). Tamén ten colaborado en varias publicacións colectivas, así na ESCOLMA POÉTICA. X ANIVERSARIO DO FESTIVAL DA POESÍA DO CONDADO (1990), MADRYGAL. Revista de Estudios Gallegos, n" 2 (Univ. C’omplutense, 1999), MULLER DE DOCE SAL. Homenaxe a Inés Canosa (VTP Editorial, 2000), Revista DORNA, n“ 27 (Univ. de Santiago de Compostela, 2001), AUGASVERSO. h'olla literaria estradense, n° 4 (Fundación Cultural da Estrada, 2002) e en VERBO XIDO. Boletín informativo de Ecoloxía e Cultura da Terra de Montes, n° 4 (A.E.C. “Verbo Xido” da Terra de Montes, 2003). Tamén ten colaborado con A KREITA (Revista da lingua e da cultura galegas de Asturias) c IANUA (Revista virtual de Filoloxía Iberorrománica).
- VALLADARES NÚÑEZ, Avelina
No ano 2000 o Exmo. Concello da Estrada adicou o ano á lembranza da súa memoria.
Os seus poemas en galego foron publicados por separado en diferentes medios da época e algún deles en varios; así temos que apareceron en: “Eco de Galicia” de Buenos Aires, “El Heraldo Gallego”, “Almanaque Gallego” de Buenos Aires, “El Emigrado”, “El Compostelano”, “La Gran Patria” de Santiago... Finalmente aparecerán todos recompilados na obra de Xosé Luna Sanmartín, OND'O SOL FACHEABA Ó AMAÑECER (Ed. Fouce, 2000).
- VALLADARES NÚÑEZ, Marcial
Marcial Valladares finará no ano 1903, en Vilancosta. No ano 1970 a Real Academia Galega adicaralle o “Día das Letras Galegas”, e no ano 2003 o Concello da Estrada adicará o ano á súa figura.
O seu primeiro poema en galego data do ano 1844 “A un paxariño”. A partir de aquí seguirá a escribir poemas, pero no ano 1850 comezará a confeccionar o seu DICCIONARIO GALLEGO-CASTELLANO, que será publicado no ano 1884 (Biblioteca El Libredón, Santiago). Iiste dicionario verase ampliado por dúas veces: a primeira no ano 1896 co NUEVO SUPLEMENTO AL DICCIONARIO GALLEGO-CASTELLANO e posteriormente no ano 1902 co NUEVO APÉNDICE AL DICCIONARIO GALLEGO-CASTELLANO.
No ano 1855 comezou a súa ELEMENTOS DE (ÍRAMÁTICA GALLEGA, obra que rematará no ano 1892, pero que permanecerá inédita ata o ano 1970 (Edit. Galaxia).
No ano 1862 participará cuns poemas no “Álbum de la Carídad”.
Do ano 1867 data o manuscrito do seu CANTIGUEIRO POPULAR e do 1879 dátase o seu APÉNDICE Ó CANTIGUEIRO POPULAR, obras que apareeerán integramente publicadas na obra MARCIAL VALLADARES NÚÑEZ: CANTIGUEIRO POPULAR elaborada por Xosé Luna Sanmartín (Fundación Cultural da Estrada, 2004). No ano 1870 escribe a súa novela MAXINA OU A FILLA ESPÚREA, a primeira novela longa da nosa literatura, que será publicada por primeira vez no ano 1880 por entregas na revista dirixida por Manuel Murguía, “La ilustración gallega y asturiana”, (Vía Láctea, 1987; Edicións Xerais de Galicia, 1991; Biblioteca Galega 120, La Voz de Galicia, n° 6, 2001).
- VARELA BUXÁN, Manuel Daniel
O ano 1941 posibelmente sexa o ano máis prolífico no seu quefacer teatral, así estreáronse as súas obras TABERNA SIN DONO, O BRAZO PARTIDO, AS TRES MARUXAS, MEU PAI, TRISTE RETORNO e O FERREIRO DE SANTAN. Pero tampouco se pode pasar por alto que a súa compañía e el mesmo como director puxeron en escena por primeira vez a obra clásica da nosa literatura do seu gran amigo Castelao “Os vellos non deben de namorarse”.
Xa de volta á súa terra, no ano 1956, porase en escena por primeira vez a súa obra ¿PISTA OU PESTE?
No ano 1971 escribirá o prólogo á obra “Gándaras”, primeiro libro de pocmas do seu amigo Xosé Vázquez Pintor.
No ano 1975 publicaranse nun libro as súas obras O FERREIRO DE SANTÁN e TABERNA SIN DONO (Edicións Celta, 1975). No ano 1977 sairán á luz nun libro as súas obras A XUSTIZA DUN MUIÑEIRO e SE O SEI...NON VOLVO Á CASA (Impr. Paredes, 1977).
No ano 1981 publicáronse nun libro, baixo o título de O CEGO DE FORNELOS E OUTRAS COMEDIAS CURTAS, DIÁLOGOS E MONÓLOGOS as obras O CEGO DE FORNELOS; TRISTE CHEGADA; OS CASADOS DE POUCO; ¿PISTA OU PESTE?; DE MULLERES...NON ME FALES; ¡MEU PAI!; SALAIOS DUN VELLO LABREGO (Impr. Paredes, 1981).
Xa postumamente sairán de novo á luz a súa obra ¿PISTA OU PESTE? (Edicións Fervenza, 2003) e GRACIAS, PADRE RAMÓN (Seminario de Estudios Deza, 2004), tradución e adaptación de Xosé Luna, obra que fora escrita en castelán e posta en escena por primeira vez no ano 1943 e tamén publicada no ano 1987 (Imprenta Gráfica La Plana).
- VÁZQUEZ OGANDO, Manuel “O Dr. Marcos”
Publicou en galego a obra A TEORÍA DO COMPLEXO HUMANO, ENCARNADA NO HOMIÑO.
- VENTIN CERVINO, Segundo “Sevencer”
A pesar de pasar case toda a súa vida escribindo, normalmente para os seus alumnos e tamén para os seus compañeiros, será pouca a súa obra que se verá publicada, permanecendo polo tanto case toda esta obra inédita ata o momento. Ademais moita da súa obra está en castelán, tamén sen publicar.
Cómpre salientar o seu relato de Literatura Infantil e Xuvenil O REI DE OVISTERRE (Edit. Edelvives, 1992) que acadou algo impensábel para moitas obras escritas no noso idioma, unha tirada de 4000 exemplares vendidos. Polo que respecta á lírica, teremos que destacar a obra INSTANTES DE SENTIMIENTO (Edición do propio autor, 1993) que está formada por poemas en castelán e en galego. Concretamente os poemas en galego, que acadan a 3ª parte da obra, están so o título de “Versos para miña terra”. Permanecen inéditas pequenas pezas de teatro, coma: “Biografía da primavera en catro tempos”, “A fuga a Exipto”, “A nova mestra”... e asimesmo relatos coma: “O coelliño”, “A deusa do mar”.„
- VILLAMAYOR MARTÍNEZ, Gumersindo
Tras o paso polo Seminario Franciscano de Herbóm, iniciei os meus estudos de Bacharelato no Instituto da Estrada entre os anos 1978 e 1982. Foi neste Centro onde espertou a miña conciencia nacionalista, sen dúbida polo maxisterio do catedrático de Lengua Francisco Rodríguez Sánchez.. Por primeira vez participei na escenificación de obras de teatro de autores galegos e mesmo asistín ás representacións que tiñan lugar en Santiago, marcándome a experiencia de Woyzeck e Dorotea Bárcena. Asistimos ás primeiras charlas sobre a cultura e a literatura galegas da man de autores, hoxe clásicos, coma Manuel María, Lois Diéguez...
Definitivamente foi a miña chegada á Universidade de Santiago de Compostela o que supuxo a determinación do que ía ser clave no meu pensamento: o nacionalismo.
Cursei estudos de Xeografía e Historia entre os anos 1982 e 1987, especializándome como xeógrafo. Alí puiden asistir a conferencias de clásicos literatos e historiadores galegos. Os propios contados académicos obrigábannos a ter unhaformación multidisciplinar. Isto fixo que coñecese as opinións de primeira man de persoeims importantes nos derradeiros 25 anos do século XX: Aranguren, SaraivadeCatvalho, UuisUach, Ramón Tamames...
Unha vez rematada a miña formación académica traballei como asesor en temas históricos e xeográficos á daquela pioneira experiencia do Turismo Rural no Concello da Estrcida; posteriormente desempeñei as mesmas tarefas no Concello da Veiga.
A principios dos noventa participei como poñente no Congreso sobre García Barros, analisando os compoñentes innovadores do punto de vista pedagóxico na obra do autorde Callobre. Coincidindo con esta etapa dirixín o xornal “Contrarretranca ” durante dous anos, sendo un referente xa na historia das publicacións periódicas no Concello da Estrada.
Na actualidade son propietario dun pequeno negocio relacionado coas artes gráficas. E un modesto revolucionario”.
É autor da extensa unidade titulada “Silencio interior” inserida na HISTORIA DA LITERATURA GALEGA
(ASPG-A Nosa Terra, 1996) en col do período da nosa historia literaria que abrangue dende 1940 a 1950, e centrando o traballo sobre a eminente figura de D. Ricardo Carvalho Calero.
* Edicións Fervenza. 2004